Pelos corredores da vida sozinha caminhei.
O tempo passou e nem sequer por ele eu dei.
Cansei-me de ouvir meu silêncio a segredar.
Lágrimas deslizaram sem as conseguir segurar.
Fiz da nostalgia que sentia um hino de poesia.
A poesia se entristeceu com a falta da alegria.
As lágrimas congelaram e formaram-se cristais.
Cristais que se diluiram em sorrisos divinais.
Dos sorrisos fiz um jardim para a poesia florir.
E as palavras silenciadas começaram a surgir.
Das palavras desabrocharam versos como por magia.
Com os restos das minhas lágrimas reguei a poesia.
Aurora M.F.C.Martins Afonso
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