quarta-feira, 7 de agosto de 2013

ENCONTRO



Atravessava a rua lentamente
E, de repente, vi-te do outro lado
A espera do autocarro que, atrasado,
Parava ali na estrada indiferente


Entramos e ficamos frente a frente
Silentes, sorridentes, lado a lado
Trocamos um olhar mal disfarçado
E nosso coração saltou plangente


A voz da alma, só, gritava aflita
Num abafado som como quem grita
E sente amordaçado o seu clamor


E num momento imenso e subtil
Trocamos novo olhar, sorrisos mil,
E no silencio um grito: meu amor?

José Sepúlveda






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