terça-feira, 12 de fevereiro de 2013

As crianças são lindas!


Criança é alegre e brincalhona,
gosta de rir, falar e cantar.
É bonito vê–la risonha
a correr por todo o lado, a pular...


Toda a criança é uma flor
que deve ser bem cuidada,
falar com ela com amor
e em tudo ser bem tratada.

Toda a criança devia ter
amor, carinho e pão,
ter espaço e tempo para viver
uma infância de dedicação.

A criança sempre deve ser
respeitada e protegida,
mil cuidados temos que ter
verdadeira missão sentida.

A vida de todas as crianças
devia ser como histórias de encantar
repleta de alegrias e esperanças,
não esquecendo como é bom sonhar.

Todos os pais tentam dar tudo,
aos seus filhos agradar,
quando lá bem no fundo
eles precisam de amor a dobrar.


Bernardina Pinto



CRIANÇAS DE SEMPRE
Teus olhos sorriem de felicidade,
Teus braços abraçam com carinho,
Teus corações exalam o perfume
Das flores primaveris, em todos nós.
Em vós, vejo-me à criança que fui,
Lembrando-me das cirandas que nos
Animavam, nas noites de lua cheia.
Eram risos inocentes, era alegria.

Crianças, hoje a minha primeira lágrima,
Foi de felicidade, por tê-las nos meus
Momentos de ternura, meu abraço de
Gratidão por existirem, não esqueçam
De serem sempre crianças!


Vanuza couto alves


C-R-I-A-N-Ç-A
Imaculado.
Que de nadas
Constróis brincadeiras de Gente
Crescida,
Arcadas
De reminiscência.
Que engoles todas as fúrias,
E, na mais pura inocência
Remetes um Sorriso
De orelha a orelha.
Consagro-te todos os Direitos
À Vida,
Longe de qualquer trapaça,
Dissabores e sofrimentos.
As palavras que sinto e escrevo
Que sirvam de Enaltecimento,
Ou, Reconhecimento
Do grande Ser
Que És.
Pequenina,
Mas já com uma Visão
Tão grande do Mundo.
Indefesa,
Tenra,
Mas com toda a Vitalidade
Par'abraçar
As venturas
E desventuras
Da Vida.
Entre o Olho
Esbugalhado
E o Rosto de Cetim,
Se decaí uma lágrima,
O brilho
É tão intenso, o som um vozeirão,
Que a sinto cá no fundo
Do Coração.
Tão pequenina
E já com tão grande lida,
Apenas uma Menina,
Que ainda acredita
Em Contos de Fadas.
Ah, Criança
Linda
Que salta e pula airosa
P'lo Jardim
E se Cresce entre as Flores,
Uma Graça.
Que s'escorrega n'Areia
Da Praia argilosa
E chapinha na Água sem parar,
Como se o Mar
Fosse seu Berço.
Te consagro Princesa
Da Mãe Natureza,
Rainha do Universo.
Olho-te como se o Mundo
Estivesse todo aqui,
Pequenino,
Mas de Valor incalculável.
Não consinto défices ou injúrias,
A tudo tens Direito,
Não pedis-te para Nascer,
Apenas pedes para Crescer.
Que o teu Viver
Seja um Pleno
Constante Renascer.
Que a Areia
E o Mar
Te deixem construir todos
Os Castelos d'Ar,
Os quais te são por Direito.
Um Azul Céu,
Estrelas e muitas certezas,
Que nada te prive de Seres
O Teu Tempo em Pleno.
Que o Sorriso
Incansável
Esteja Sempre
Presente,
Pois gosto de ver
Essas bochechas de Felicidade,
Nada de nariz franzino,
Quero-te Saudável.
Menina ou Menino,
Serás Sempre
A que vou acompanhar
Para todo o Sempre,
Serei Anjo-da-guarda,
Entre os Céus e a Terra.
No esvoaçar
P'lo teu Caminho
Solto as Letrinhas de Carinho,
Que cobrem esse cantinho
Envergonhado.
Na palma
Da minha mão,
Cresce o Tesoiro
Mais puro e Lindo,
Serás Sempre
Verde Oiro.
Hoje e Sempre,
Aqui,
Ou, em qualquer lugar,
És
E Serás a mais Linda
Entre outras Histórias.
Uma enorme centelha,
Cobiçada por todos,
Não És
De ninguém,
Pomba da Natureza.
Sinto Orgulho
De poder soletrar,
C-R-I-A-N-Ç-A.

RÓ MAR



 Rosangela Ferris

HOJE ACORDEI CRIANÇA

Hoje acordei criança, sonhando com algodão-doce e balão
a precisar de um carinho, colo e proteção.
De uma palavra que a vida me suavizasse,
ao meu ouvido, numa carícia, com o coração.

Hoje acordei criança, e pensei nos pequenos do mundo todo
com o meu coração, cheio de sonhos para sonhar,
e tantas, tantas fantasias para um mundo novo alegrar.
Que emoção ter vida, que emoção acordar criança,
onde tudo é tão belo num verde de Esperança.

Acordei criança a sonhar, que todas eram felizes
a voar nos meus sonhos, e formar castelos de fantasia,
num mundo todo ele tão feliz.
Que linda melodia, é o voltar a ser criança,
num mundo cheio da magia...a sonhar no presente
e no futuro com esperança... que tudo mude realmente.

Rosangela Ferris

" VAZIO "

Tento arrancar da alma, a aflição, sou poço fundo como se houvera dentro do meu peito uma mão que aperta o meu coração, então eu escrevo.
Tenho um coração com uma dor que não defino, cuja única poesia é não querer viver de vésperas e o passado, que tentou penetrar no meu presente foi escorraçado pela desesperança e levado de volta ao seu tempo, no começo de mim.
M

inhas memórias estão latentes, já que memórias são mentirosas. Então desertei delas.
Com a memória é assim, e também com a verdade.
Nenhuma delas é absoluta.
As minhas verdades são apenas minhas, assim como minhas lembranças (que resolvi abdicar), sendo que a partir de hoje meu passado habita seu devido lugar. Minha realidade está na curva da esquina, espreitando, e na hora certa vai me por contra a parede, e eu não tenho escapatória.
E no presente do indicativo, que é apenas um tempo verbal que define o meu agora, preciso apenas conseguir domar a fera que me reside e me corrói, de forma tal que me desafia encontrar sentido na vida.
Preciso reencontrar a vontade de viver, e vontade de viver não se compra em farmácias, bares, lojas de sapatos ou em lugar nenhum que eu tenha conhecimento.
Vontade é um querer bem forte, mas é coisa impalpável, assim como o amor.
Não se obriga o amor e não se mata o amor.
O amor brota aleatoriamente, num canteiro inesperado dentro da alma das pessoas. É um estabelecer-se sem domínio, sem domesticidade, sem prisão. Não há que se amarrar ou libertar o amor. Ele é por si só o que é.
E acontece exatamente assim com a vontade de viver.
Resta semear e ter uma esperança muito grande (que se chama fé), que a semente vingue. Regar ajuda...
Germinar ou não é obra do acaso ou de uma força alheia a nossa compreensão.
A despeito da minha insuficiência de vontade, ainda percebo a grandeza e a beleza de estar viva. Percebo a benção em poder me levantar, respirar, seguir a vida, e a vida em si é uma dádiva. Eu bem sei.
Mas quem há de curar-me esse sentimento de impotência de aflição e descasos que carrego do meu lado de dentro? O que será que me falta para que esse desgosto ingrato deixe meu peito em paz?
Não é melancolia, nem é tristeza. Já até pensei que fosse, mas não é. Sei que Amy May Dye é o seu nome, e vive dentro de mim. Não é nada compreensivelmente traduzido por inclemências sensatas e analíticas.
É só uma desmesurada ausência de esperança. É um buraco negro que anda a engolir-me os sonhos, as expectativa, e a fé.
Ai a fé...
Essa força misteriosa que habita as almas mais felizes ou resignadas.
Hoje eu estou que é um desencanto só, e por falar em desencanto, nem minha voz é a mesma, nem meu canto... Daí meus olhos se entristecem ainda mais ao ver minha figura assim tão fragilmente acuada.
E meu coração...
Está este tão cansado de andar por aqui há tanto tempo, que tenho a sensação de ser secular, como o Jequitibá rosa solitário que resiste corajosamente pela metade no horizonte da minha cidade.
Resta-me ao menos o indiscutível prazer de escrever.
Fazer poemas me mantém viva e por isso, não me importa caso meus versos sejam tristes, e por ser questão de sobrevivência, continuo, porque amo você JÔ.
Escrevo, escrevo e escrevo, numa desesperada tentativa de aliviar o peito, de lavar a alma, de aniquilar essa dor que não passa e a despeito dessa imensidão de ausências que me habita, a poesia ainda me alimenta.
Viver é uma ciência, mas querer viver é a verdadeira arte.




Rosangela Ferris

O CANTO DOS ANJOS:

Que bravio é este mar, e tão cheio de escolhos
Onde teimosamente tento navegar
Que longos são os dias longe dos teus olhos
Que tristes são as noites sem te encontrar
Que forte é o vento que agita a folhagem

Que fria esta brisa chegada do norte
Se o longo deserto, provoca a miragem
Não ver os teus olhos provoca desnorte
Que lindo é teu rosto embora enrugado
Cabelo trigal em tardes de verão
Cálido o teu corpo em sonho tocado
Que triste saudade, louca solidão
Que triste o piar de um pássaro ferido
Preso nos tempos de tanta verdade
Tolhido na dor do tempo Perdido
Caído do ninho perdeu liberdade
Ainda acredito poder navegar
No mar da paisagem da tua alegria
Nas tuas palavras poder escutar
O tocar dos anjos em sintonia
Que forte é o vento 
Que bravio é o mar
Que lindo o teu rosto
Que triste o piar
Provoca desnorte
Ainda acredito poder navegar
Na brisa do norte
E o cantar dos anjos
Poder escutar

Jorge Caraça:

- Administradora: Irá Rodrigues
que escolheu o poema publicado em 03 de Novembro:

PEDRAS DE CRISTAL

aconchego pedras de cristal
na concha da mão
refletem-se pensamentos
do tempo da minha infância

é a substância da terra
o cheiro do pó enrolado
nos pingos da chuva
que me elevam para o início de mim

brinquei com a água dos charcos
fiz deles piscinas de rios
casei com a terra molhada
e bebi o cheiro do mar

Sou sal sou cristal
sou da terra sou terreno
sou do mar marinheiro
sou amor aventureiro

 Carlos Fer nando Bondoso  Bondoso
NINGUÉM ME EXTORQUIRÁ A MINHA LIBERDADE

Estive quase para partir
Para outro lugar!
Estive quase para fugir
E tudo deixar!
Vacilei diante de tudo,
Calei-me, fiquei mudo.
Não tinha força
Para continuar.
Era como se uma forca
Invisível me estivesse a amarrar.
Não tinha alento
Para seguir em frente.
Viver assim eram um frete
Que a mim próprio fazia. Por isso, não tinha alento.
Mas um dia eu descobri
Que podia ter voz.
Soltei todas as amarras ao vento
E desfiz então os nós
Que me aferrolhavam a garganta e parti
Em busca da minha autenticidade.
Quando lá cheguei vivi
No ser a minha verdade.
Desde então estou firme no meu querer,
Na minha férrea vontade.
Não há mando ou poder
Que me faça estremecer
E jamais me extorquirá a minha liberdade.



Luís Lameiras

RAZÃO DE TE AMAR

A mulher que eu amo de qualquer jeito
Não tem berço de ouro ou vestes finas,
Não tem medalhas por arte ou feito,
Nem corpo nas revistas masculinas.

Não é uma ninfa que baila ao luar
Nem muito diferente a outras parece,
Não tem quaisquer casos de que suspeitar
Nem para o que é fez qualquer prece.

Então, porque será, pergunto a razão
Ou se há motivo que eu não vejo
Porque eu a amo com tanta paixão?!...

Não penso muito nem isso desejo,
Pois, bem lá no fundo do meu coração,
É amor que sinto quando a beijo.

Acácio Costa