quinta-feira, 27 de junho de 2013




Verão salgado.

Um desfilar de verão e poesia, 
com o gosto a acastanhado na cor do sabor, 
do brilho solar do amor...
vivemos de ternura poemas e sexo, o teu/ meu...
o sexo dos anjos que escrevem poemas ocos
e fazem dos sons moucos...
Um verão quase a transbordar de chuvas,
a converter o sol no degelo de sentimentos...
verão de lembranças e lamentos.
Comemos o fruto da verdade, e no centro do ser...
um caroço, duro de roer!
De pernas erguidas, ao caminhar do tempo
joelhos afastados... circula o vento...
Verão de cores ofuscadas, por todas as fantochadas,
que o Homem semeou no seu Ser!
Verão de flores a nascer, com um talo já todo melado
verão salgado... pelo doce sabor do pecado!
Verão sem pureza, foi-se a beleza
do verão da antiga natureza!

Celeste Seabra


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