sábado, 29 de junho de 2013




De punho cerrado

Há dias em que o vento nos corre nas costas.
Outros simplesmente nos passa ao lado.
Coisas da vida, que encaro de punho cerrado...
Dores do passado, que matam por dentro
nos deixam tristes, sem alento...

Aiiiii... se ao menos eu pudesse fazer o céu ficar verde
se as nuvens corressem ao contrário,
deixando para trás o cinzento!
E o lamento... se ele virasse coragem!
O ponto de viragem deste meu coração
seria pintado de amor, sem dor... seria o meu chão!

Quero de volta a minha fé...
aquela que a derrota me tirou,
sou mar sem maré!
Sou lua sem noite...
sou aquele que procura o norte!
Sou gente sem sorte!

sorte que me deixou,
enquanto o diabo esfregou um olho
hoje, sou o pesadelo, depois do sonho...

Pinto de negro esta minha emoção,
pois dentro do peito... bate um coração
que um dia foi feliz... com pulsação...

hoje, apenas respiro
procuro... e suspiro!
Mas acima de tudo, cerro o punho...
e luto para voltar a pintar esta vida triste,
de tons verdes, cores alegres..
aiiiiii.... um dia voltarei a existir!
E ao vento... vou sorrir!

Celeste Seabra


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