domingo, 24 de novembro de 2013

Valsa da Meia Noite

Valsa da Meia-Noite

Anoiteceu... na torre tocam os sinos.
Minha mente escuta sons de violinos.
Tudo é música despertando os sentidos.
Ouço sonatas, baladas e sons floridos.

Em silêncio...eu sonharei de improviso.
Esta noite vou ser uma louca com juizo.
Mas que a loucura não seja falta de siso.
Na insónia, muita audácia será preciso.



Quero um sonho bem lindo a mim oferecer
. Esta noite quero sentir-me mais mulher.
Quero me aperceber que sou por mim amada.
Vou dançar até altas horas da madrugada.

Vou redescobrir os momentos perdidos.
Num verdadeiro rodopiar de sentidos.
Permitirei ao corpo toda a agitação.
Mesmo que por fim caia redonda no chão.

Dançarei os célebres tangos do passado.
Deslizarei no piso dos sentidos molhado.
Quem não se lembra do tango dos Barbudos?
Dançado com o coração, e com passos mudos.

A seguir a valsa da meia-noite dançarei.
Todo o movimento ao meu corpo permitirei.
Valsa da meia noite!...quanta saudade.
Relíquia arquivada na memória do passado.


Aurora M. F. C. Martins Afonso

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