sexta-feira, 13 de dezembro de 2013

PALAVRA FALADA Você me pergunta e eu falarei... E uma vez a minha palavra falada nunca mais serei dono dela. Uma vez que a minha palavra sair de mim... Não será mais segredo, assim que eu esbouçar a minha voz, não terei prioridade sobre ela. Pois essa escapará do esconderijo do meu sentimento e passara a ser de todos que escutar. Ecoará por ai a ir e a vir, será de todos sem dono sem mim. Passará a ser enredo e com isso sem lenço e sem documento sai voar pela imensidão dos ventos e deixará de ser segredo. Por outro lado a palavra calada não vale de nada! Não tem feito nem faz efeito. A palavra sem expressão não move pedra nem coração. Não desabrocha paixão e nem expõem recordação. A palavra é de uma magnitude impressionante com ela para e corre, quieta e se move se cria e se morre sem palavra o mundo seria um porre... Um porre de desencontro de coisas inacabadas de tantos pontos, sem encanto apenas pranto, viveríamos pelos cantos sem de nada saber. De graças a Deus que entre os seus você seja apenas o que emprega a palavra não o que se torna escravo dela. A palavra assim como muitas coisas tem duas facetas uma que manda outra que desanda a que é, e a que não é, a que faz, e a que desfaz, a que inicia e a que para, a que serve se do nada e a que lava a cara, a palavra já foi pior do que espada, hoje é pior que bala. Antonio Montes 13/12/13

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