

Queremos conhecer melhor os nossos poetas!
É o privilégio de fazer parte do Solar de Poetas.
A jornalista Shirley M. Cavalcante vai entrevistar poetas do Solar.
As entrevistas serão posteriormente divulgadas em Portugal e no Brasil, através das parcerias efetuadas por SMC (smccomunicacao@hotmail.com), ao nosso lado nesta parceria.
Informa-te como podes participar neste projeto.
Bem-vindo ao Divulga Escritor.
O Solar de Poetas é o teu grupo no facebook.
P.S. - Os pedidos de informação adicional devem ser remetidos por email para o seguinte endereço: smccomunicacao@hotmail.com. As entrevistas serão posteriormente orientadas e desenvolvidas pela SMC que as divulgará gradualmente de acordo com o calendário que vá sendo estabelecido pelos promotores: smccomunicacao@hotmail.com
Jornalista Shirley M. Cavalcante (SMC)
entrevista escritora Sara L. Lima
Sara L. Lima, 41 anos,
polivalente, lida com as mais diversas formas de arte, desde a literatura à
escultura, passando pela música. É jornalista, tradutora e escritora tomando o
resto como hobbies "até que sirvam para alguma coisa". Ao longo da
vida já foi auxiliar de arqueologia, formadora, locutora de rádio, participou
em peças de teatro amador, uma das quais escrita pela própria, outra uma
revista à portuguesa, dança por prazer, gosta de desportos náuticos, ténis e
equitação. Apaixonada por história, esoterismo, espiritualidades, entre outros
temas, faz disso base de pesquisas diárias, devido à sua facilidade com as
línguas, fala/escreve várias, faz-se entender em outras tantas e estuda línguas
mortas como o sânscrito, o grego clássico e e o aramaico. É também Mestre
Formador e Terapeuta em Reiki, sistema holístico de cura física e espiritual.
“Creio que as pessoas lêem muito
pouco e tendem a ler cada vez menos em Portugal. Isso não é por falta de bons
autores, é por falta de vontade, de sentir o prazer de ler.”
Boa Leitura!
Divulga
Escritor - Escritora Sara, é
um prazer contarmos com a sua participação no projeto Divulga Escritor,
conte-nos em que momento pensou em publicar o seu livro “Partilhas”?
Sara - Foi um impulso,
brincava com a ideia de um dia publicar um livro, desde há muitos anos, mas o
Partilhas foi efectivamente um impulso... quando enviei o número de textos
pretendidos a seguir pensei "mas o que é que eu fiz?"... no entanto
quando saiu, um mês e pouco depois, senti-me apaziguada. Assim, creio ter
cumprido um objectivo com essa publicação.
Divulga Escritor
- Que temas você
aborda nesta obra literária?
Sara - Poesia, prosa
poética, reflexões. Falo sobre a vida, problemas existenciais, reflexões sobre
o mundo, as pessoas, falo sobre o amor, a paixão, o desejo... creio que de uma
forma ou de outra, não entrando na prosa ficcional, a poesia é a melhor
vertente para expressar o que nos vai dentro e de outro modo não saberíamos
expôr de forma tão poderosa.
Divulga
Escritor - O que a motivou a
escrever sobre estes temas?
Sara - Desde as
vivências pessoais até às meras considerações sobre aquilo que vejo e ouço
podem levar-me a escrever um texto. Escrevo sobre aquilo que me fala à alma,
sempre que algo o faz, seja belo ou doloroso. Sou uma pessoa demasiado sensível
aos sentimentos e emoções expressos ou reprimidos quer meus quer alheios, tudo
o que escrevo tem a ver com isso. Posso dizer que os meus motivos são
efectivamente as emoções.
Divulga
Escritor - Pensas em
publicar novos livros? Nos conte quais os seus principais objetivos como
escritora.
Sara - Penso publicar,
não sei quando, nem sei bem de que modo. Há algum tempo ando em trabalhos
paralelos entre a ficção histórica e o meu modo habitual de escrever, a
poesia/prosa poética. O primeiro género, necessita de um tema-base e muita
pesquisa, é portanto um trabalho muito menos íntimo, no entanto é fascinante.
Já a poesia, é pessoal. É o que considero o meu estilo. Como sempre gostei de
explorar várias vertentes, vamos ver como me darei com a narrativa. Por ora não
tenho exactamente objectivos. Vou escrevendo. Quando considerar (se considerar
algum dia) digno de publicação, fá-lo-ei. Mas a escrita em mim é algo nato.
Como respirar.
Trata-se de uma necessidade e não
propriamente de atingir uma meta através dela.
Divulga
Escritor - Onde podemos
comprar o seu livro?
Sara - Através do
website do poesiafãclube, existe o link "store" onde ele se encontra.
É fácil chegar a ele através da pesquisa do próprio site, que o disponibiliza
em versão e-book e papel. Pelo nome é simples aceder a ambas as versões.
Divulga
Escritor - Sara, você, além
de ser jornalista e escritora é Artista Plástica. Em sua opinião, qual a
relação e o diferencial entre as Artes Plásticas e a Poesia?
Sara - As artes estão todas interligadas, seja qual
for o estilo que se escolha, o diferencial é à vontade com que cada pessoa se
sente em relação às diferentes formas. Pessoalmente sinto-me tão à vontade a
trabalhar numa peça artística como a escrever, aplico as emoções nas mãos e sai
o que desejo. Como cada um interpreta depois o que lê ou vê, é algo também
pessoal, porque eu escrevo, como referi, bastantes considerações e reflexões
existenciais, pode sentir-se o mesmo tipo de emoção observando as linhas de uma
pintura ou escultura. Já é uma perspectiva do observador.
A minha
relação com as diversas formas de arte sempre existiu, não me recordo de não
escrever como não me recordo de não desenhar. O que aplico a um também aplico a
outro... a linha que separa as diversas expressões artísticas é para mim tão
ténue que não a consigo discernir bem. Mas é facto que por vezes opto por me
expressar de um modo e por vezes de outro, depende de desejar que exista uma
empatia emocional ou que cada um se reveja simplesmente no que está na sua
frente, e o transporte para as suas próprias vivências.
Divulga
Escritor - Conte-nos sobre o
projeto com o Solar de Poetas, quais os principais objetivos e atividades?
Sara - A minha ligação ao Solar é curiosa porque foi
um dos primeiros locais onde comecei a deixar sair os meus textos à luz do dia.
Não tinha sequer publicado o Partilhas, isso veio pouco depois. O projecto em
pauta vem adicionar a vertente áudio-vídeo à escrita, em vez de apenas imagens.
É um projecto ainda a ser delineado, estamos no papel, enumerando as
possibilidades, até onde pode chegar é impossível dizer por ora. Pelo menos
para mim. Como também fui jornalista/locutora de rádio, quem sabe o que se
consegue fazer numa TV online? Entrevistas in loco, coberturas vídeo de
lançamento de livros e eventos afins, declamação filmada, emissão em
colaboração com outros poetas, rubricas diversas... bom, consegue fazer-se
muito. É um projecto apaixonante, que decerto será bem sucedido. Para responder
a isso creio que o José Sepúlveda conseguirá abranger mais do que eu, porque tem
uma angular imensa.
Divulga
Escritor - Quem desejar
participar do projeto como deve fazer?
Sara - Poderão falar
directamente com o poeta José Sepúlveda, através do Solar ou a nível pessoal,
ou, se preferirem, eu mesma os encaminharei nesse sentido.
Divulga
Escritor - Quais as
melhorias que você citaria para o mercado literário em Portugal?
Creio que as pessoas lêem muito
pouco e tendem a ler cada vez menos em Portugal. Isso não é por falta de bons
autores, é por falta de vontade, de sentir o prazer de ler. As redes sociais,
os jogos na internet e outros que tais, quase retiram a convivência entre as
pessoas e por outro lado "preenchem" de forma ilusória a
"solidão" de cada um. É muito difícil lutar com isso num mundo em que
cada vez mais nos regemos pela tecnologia.
O problema em Portugal não é o
mercado literário. São as pessoas. Já se contam pelos dedos as que realmente
apreciam passar uma tarde aconchegados com um bom livro. Talvez fosse melhor
pensarmos em "quais as actividades/acções que podemos trabalhar para que o
interesse das pessoas pela literatura ressuscite".
Divulga
Escritor - Pois bem, estamos
chegando ao fim da entrevista, agradecemos sua participação no projeto Divulga
Escritor, muito bom conhecer melhor a escritora Sara L. Lima, que mensagem você
deixa para nossos leitores?
Sara - Obrigada eu pela
oportunidade, a Divulga Escritor é, na minha opinião um trabalho imensamente
meritório, devem continuar, expandir, ampliar porque as letras são um mundo e
cada um de nós contém outros mundos dentro. Imagine o potencial desses mundos
unidos num objectivo literário comum.
Quanto aos leitores... não
desistam. Nem de escrever nem de ler. A literatura é um vasto manancial onde se
consegue preencher muitas daquelas coisas que nos faltam e nem sabemos que
faltavam até compreender que não estão lá. Sim, a mensagem é mesmo "jamais
desistir".
Participe do projeto Divulga Escritor
https://www.facebook.com/DivulgaEscritor
Jornalista Shirley M. Cavalcante (SMC)
entrevista
escritora Albertina Correia
Nascida a 21/02/1963 em Barcelos,
residente em Vila do Conde depois de uma passagem pela Povoa de Varzim..
Estudante de psicologia, por
valorização pessoal apenas, sempre muito contestatária de tudo, dentro da
razoabilidade.
Administração da empresa LPL
Multimédia, há mais de 20 anos, na área financeira e mais
recente (9 anos) na área comercial também.
O trabalho permitiu grandes viagens,
aproveitando o tempo das mesmas, para dedicar à escrita (que não tem dia nem
hora)
O gosto pela escrita vem de longe,
desde que aprendi a escrever, mas punha tudo fora, não valorizava, há
cinco anos a esta parte , resolvi guardar, criei um wordpress, onde registro
(quase)tudo que escrevo , e depois de algumas opiniões favoráveis e a pedido de
algumas, resolvi partir para o real (livro).
Mãe de dois filhos, luís miguel correia
l. E ana cláudia correia l. ...e sobra ainda um tempo (pouco) para ser mulher
Gosto pela leitura, pela natureza, pelo
trabalho, e por tudo que me possa valorizar enquanto pessoa terrena.
“indico a leitura do meu livro, para
pessoas mais atentas ao universo, à nossa forma de vida, e de como a natureza
pode interagir com nós mesmos, e por fim, ao público em geral ,que goste
sobretudo de ler e descodificar …”
Boa Leitura!
Divulga Escritor - Escritora Albertina
Correia é um prazer contarmos com a sua participação no projeto Divulga
Escritor. Conte-nos em que momento você decidiu publicar o seu livro “Folhas
Soltas”?
Albertina Correia - O momento de decisão foi quase ao acaso, depois de tantas folhas
soltas, resolvi juntar, e, dei para ler a algumas pessoas ,que me incentivaram
também a uma publicação…
Divulga Escritor - Por que o Título
“Folhas Soltas”?
Albertina Correia - O título é “Folhas Soltas”, precisamente por serem muitas folhas
soltas, ao longo da minha vida, de viagens, estadias, etc, e, por o livro ter
uma grande cumplicidade com a mãe natureza e mistérios da vida, logo, pode ser
dada duplicidade de sentido, ou seja, folhas de papel e folhas de plantas, como
de resto é visível pela capa do mesmo.
Depois, comecei por colacá-las em
albertinacorreia.wordpress.com, e agora fazê- las saltar para o real…o momento
foi o ditado pelo universo…
Albertina Correia - Nada na minha vida acontece de uma forma tão lógica, racionalmente
pelo menos, pelo que juntei os que faziam mais sentido, para o “real” sentido
que eu queria dar ao livro…
Divulga Escritor - Você costuma
escrever em outros segmentos literários?
Albertina Correia - Gosto muito de escrever, inclusive
prosa, mas no momento, e, quiçá ao acaso, foi este estilo poético que imperou
para a publicação…
Divulga Escritor - Quando e onde
será o lançamento de “Folhas Soltas”?
Albertina
Correia - O
lançamento será para bem breve, talvez ainda no decorrer deste ano, na Póvoa de
Varzim, biblioteca, ainda a confirma…
Divulga Escritor - A quem você indica a
leitura do seu livro?
Albertina Correia - Sem qualquer pretensão, indico a leitura do meu livro, para
pessoas mais atentas ao universo, à nossa forma de vida, e de como a natureza
pode interagir com nós mesmos, e por fim, ao público em geral ,que goste
sobretudo de ler e descodificar …
Divulga Escritor - Onde podemos
comprar o seu livro?
Albertina Correia - O livro vai estar à venda nos locais próprios, e também através da
minha pessoa, pelo facebook, email etc. hajam leitores que se
identifiquem, e gostem tanto dele como eu,e não faltarão livros e
locais…J
Divulga Escritor - Quais os principais
hobbies da escritora Albertina Correia?
Albertina Correia - Para além da escrita, que quase posso nem considerar hobbie, já que
escrevo até numa madrugada , quando acordo em um repente, tem as caminhadas que
gosto de fazer, porque me reencontro com a minha natureza, livre de
interferências, ler, tocar guitarra clássica, e trabalhar.
Divulga Escritor - Como você se
vê no mercado literário Português?
Albertina Correia - Sei que o mercado literário, como de resto outro mercado qualquer,
está um pouco saturado, mas eu me vejo de uma forma diferente, já que
,considero a minha escrita também diferente da comum poesia, gosto muito de amores
e desamores, são muito importantes, mas não me revejo nesse alinhamento…
Divulga Escritor - Pois bem, estamos
chegando ao fim da entrevista, agradecemos sua participação no projeto Divulga
Escritor, muito bom conhecer melhor a Escritora Albertina Correia, que mensagem
você deixa para nossos leitores?
Albertina Correia - A mensagem que deixo aos leitores é: Quando lerem palavras ou
frases no meu livro, que pareçam não fazer sentido, estejam atentos porque
essas são as que mais sentido têm…no fundo ele carrega uma mensagem para os
mais despertos portanto estejam “atentos”…
Participe do projeto Divulga Escritor
Jornalista Shirley M. Cavalcante (SMC)
entrevista escritora Otília Martel
Os dados biográficos de Otília
Martel são, enquanto escrevinhadora, a emoção que gosta de transmitir através
das palavras que oferece a ler.
É esse o seu verdadeiro cartão
de visita.
Semestralmente, desde 2004 tem
publicado na Revista Singularidades, Modos de Ser Inconformista.
Em 2008 edita o seu 1.º livro
de poemas, Menina Marota Um Desnudar de Alma.
Ainda, em 2012, edita o segundo livro de poemas e pequenas histórias Olhos de Vida em versão digital para iBooks.
Ainda, em 2012, edita o segundo livro de poemas e pequenas histórias Olhos de Vida em versão digital para iBooks.
Foi representante portuguesa
no Jornal Digital Mhário Lincoln do Brasil, entre muitos.
O seu nome consta em vários sites portugueses e brasileiros bem como em várias colectâneas integradas na internet.
O seu nome consta em vários sites portugueses e brasileiros bem como em várias colectâneas integradas na internet.
Patrocinou vários Concursos de
Poesia que deram a conhecer novos poetas entre Portugal e Brasil.
É detentora de 7 blogues
maioritariamente dedicados à divulgação de poetas e poesia, entre eles Menina
Marota.
Boa Leitura!
SMC - Escritora, Otília
Martel, é um prazer contarmos com a sua participação no projeto Divulga
Escritor. Parabéns pelo lançamento de seu livro “Olhos de Vida”. O lançamento de um livro costuma mudar a
rotina de um escritor, conte-nos sua experiência de como a escrita vem moldando
o seu dia-a-dia?
Otília Martel –
Em primeiro lugar quero agradecer a oportunidade que me é dada de participar no
projecto Divulga Escritor. São raras as publicações (pelo menos em Portugal)
que ousam divulgar autores anónimos e, muito menos, os que escrevem poesia.
Por
isso, os meus parabéns por este Projecto.
Escrever
para mim é, desde muito jovem, uma libertação. Uma forma de, através das
palavras, olhar-me e olhar o mundo que me rodeia.
A
doença de um familiar muito próximo, de quem cuidei nos últimos catorze anos,
moldou o meu dia a dia e procurei na escrita um refúgio de coragem e força para
a minha própria sobrevivência mental. A escrita, nomeadamente a poesia, foram o
balão de oxigénio da minha existência.
SMC - Que temas você aborda
nesta obra literária?
Otília Martel –
Temas sociais, da actualidade. Um olhar pelo mundo. A simplicidade. A família.
O ser humano. E o amor em todas as suas vertentes.
SMC - Como foi a escolha do
título para o livro “Olhos de Vida”?
Otília Martel –
Surgiu naturalmente. Pretendia um título que englobasse a visão do mundo que me
rodeia, que transparecesse, num olhar, toda a argúcia que encontramos no
universo interpessoal. Escrever é uma aventura que por vezes dói e abrange sentimentos
transponíveis de factos e ideias.
"...
Esta noite
voltei a ser a rapariga
que foge dos sonhos,
olhando os olhos da vida,
mas que apesar de tudo
por ela quer ser seduzida
e deixar-se embalar."
in, Olhos de Vida
Esta noite
voltei a ser a rapariga
que foge dos sonhos,
olhando os olhos da vida,
mas que apesar de tudo
por ela quer ser seduzida
e deixar-se embalar."
in, Olhos de Vida
SMC - O livro é composto por poemas ilustrados, pela
ilustradora, Catarina Lourenço, temos uma ilustração para cada poema? Conte-nos
um pouco sobre esta experiência.
Otília Martel – Bem…
começo por explicar que “Olhos de Vida” principiou por ser um desafio que me
foi proposto pelo realizador André Gaspar que queria produzir um livro digital
para iPad, que incluía som, vídeo, fotografias e… ilustrações. Foi através
deste desafio que conheci a Catarina Lourenço. Após ter lido os poemas que
disponibilizei para aquele desafio, a Catarina presenteou-me com ilustrações
que me apaixonaram ao primeiro olhar. Nem todos os poemas foram ilustrados.
Fica-se com o desejo de mais ilustrações, de aliar as palavras ao “movimento”
que as ilustrações nos oferecem. Deixei ao critério da ilustradora o sentir a
poesia e transmiti-la pelo risco e colorido das suas imagens.
Na
actual versão em papel de “Olhos de Vida”, editada pela Modocromia, só a capa é
que é a cores. As ilustrações interiores não são. Na versão digital as
ilustrações são a cores. A quase candura e leveza que cada uma encerra,
traduzem a sensibilidade criativa da Catarina Lourenço.
SMC - Podes nos dar um
exemplo?
Otília Martel –
É difícil dar um exemplo porque a significância de cada ilustração no que
concerne ao poema retratado é de uma absoluta subtileza. Assim, de repente,
lembro a ilustração do poema “Entre a lama e o amor”: a leitura da ilustração
casa na perfeição com a leitura do poema.
SMC - Nossos leitores estão
convidados para o evento de lançamento? Conte-nos onde vai ser?
Otília Martel – Com certeza. Todos os que possam deslocar-se à
margem esquerda do rio Douro, junto ao Cais de Vila Nova de Gaia, local do evento. Será um
prazer recebê-los.
O lançamento de
“Olhos de Vida” ocorrerá num monumento de grande valor patrimonial e
arquitectónico, o Mosteiro Corpus Christi.
A
sua edificação remonta a meados do século XIV; destaca-se, para visitarem, a
Capela, o Coro-Alto e o Cadeiral, bem como a Arca Tumular de Álvaro de
Cernache, alferes da bandeira da Ala dos Namorados na Batalha de Aljubarrota.
SMC - Escritora Otília, onde podemos comprar o seu
livro?
Otília Martel –
O livro poderá ser adquirido através do site da editora http://editoramodocromia.blogspot.pt/,
pelo email da editora modocromia.editora@gmail.com
ou ainda pedidos à autora através do email OMartel@sapo.pt
E
ainda nas Livraria Barata, Bertrand, Porto Editora, Livraria Dargil, distribuído
por Crivo das Letras.
SMC - Semestralmente, você escreve para a
Revista Singularidades, que temas você aborda em sua coluna?
Otília Martel –
Maioritariamente, poesia. A Revista Singularidades é editada em papel há vários
anos e aborda vários temas: desde história social, ecologia e até a temas tão
controversos como a violência na sua generalidade. É vendida em cidades como
Lisboa, Porto, Faro, Paris, Bruxelas, etc.
SMC- Como você se vê no
mercado literário em Portugal?
Otília Martel –
Uma gota no oceano de um mercado de difícil acesso.
A
poesia apesar de ser uma vertente literária muito citada (até por políticos), a
sua divulgação está circunscrita a autores já consagrados e com facilidades de
acesso às redes de comunicação social e jornalística.
SMC - Pois bem, estamos
chegando ao fim da entrevista, agradecemos sua participação no projeto Divulga
Escritor, muito bom conhecer melhor a Escritora Otília Martel, que mensagem
você deixa para nossos leitores?
Otília Martel - De Esperança, o título do poema que vos
deixo e que consta do meu primeiro livro de poesia “Menina Marota, Um Desnudar
de Alma”
Desenha em ti
cores vivas
de felicidade
mesmo que adiada
mesmo que não consentida
não deixes que o negro
tome conta de ti.
Exala o perfume
das flores
o aroma dos frutos
e pinta a Vida
de mil cores
mil pensamentos
felizes
audazes
coloridos.
cores vivas
de felicidade
mesmo que adiada
mesmo que não consentida
não deixes que o negro
tome conta de ti.
Exala o perfume
das flores
o aroma dos frutos
e pinta a Vida
de mil cores
mil pensamentos
felizes
audazes
coloridos.
Participe
do projeto Divulga Escritor
Adnilo Lotus de Carmim é natural de Santa Cruz do Bispo. Passou parte da vida em França e vive na Maia. É licenciada pela Universidade do Porto em Línguas e Literaturas Modernas e Mestre em Linguística. Foi premiada diversas vezes pela Société des Poètes et Artistes de France, na categoria de poesia – Section Jeunes, Prémio Henry François Guitard – Poesia Jeunes – Poesia livre – Contos e Novelas.
Em 2008 foi premiada pela Papiro
Editora na categoria de romance com a obra “Os Lírios da Vida”. É autora de prefácios de várias obras literárias,
nomeadamente de:
- As Cores do meu Silêncio do autor Carlos
Bondoso;
- À luz da
escrita do autor João Dizentte;
- DUPLOS
ANTOLOGIA dos autores Mirian Cerqueira Leitee Maurício Gervazoni.
É autora dos romances:
- Lírios da Vida (2008)
- mar desfeito (2009)
“A mensagem que pretendo transmitir é que devemos
estar atentos aos gestos e às atitudes dos outros. Um simples olhar pode
influenciar o nosso comportamento. Os olhos são autênticos espelhos e, por
isso, muito nos podem revelar. Não devemos julgar as pessoas à toa.”
Boa
Leitura a todos!
SMC - Escritora Adnilo Lotus de Carmim é um prazer contarmos com a sua
participação no projeto Divulga Escritor, conte-nos o que a motivou a ter gosto
pela escrita?
Adnilo Lotus - É um prazer ser entrevistada e participar no
projeto Divulga Escritor. Penso que desde sempre fui motivada pela escrita pois
desde que me conheço que escrevo. Lembro-me de inventar sílabas e palavras,
lembro-me de criar músicas ainda sem saber escrever. Eu ouvia os outros
cantarem e depois inventava as minhas próprias músicas inclusive com refrões.
Os meus pais e amigos ficavam perplexos. Quando entrei para a escola primária,
não ia aborrecida, pelo contrário ia feliz porque sabia que iria aprender a
escrever para pôr por escrito as músicas e as letras que inventava. Tive uma
ótima professora primária que percebeu desde logo que eu era uma pessoa muito
dedicada e um dia chamou os meus pais para irem falar com ela. Quando cheguei a
casa, os meus pais estavam muito emocionados pois a professora tinha-os
informado que eu escrevia de uma forma fora do comum. Portanto, aos sete anos
eu comecei a redigir o que antes fazia oralmente. Penso que escrevo desde
sempre e o que me motivou foi com certeza o facto de eu sentir necessidade de o
fazer. O meu contacto com a música e com a dansa iniciou-se muito cedo. O meu
pai era convidado para cantar fado em festas e eu comovia-me ao aouví-lo
cantar. Na minha casa sempre existiram livros e, aos dez anos, já tinha
devorado a pequena biblioteca do meu pai. Nos intervalos da escola, enquanto os
meus colegas se divertiam a brincar no recreio, eu lia. Tudo me servia para
ler. Lembro-me de nessa altura já ser muito crítica nas minhas leituras. Aos
doze anos tinha cadernos cheios de poemas e um romance escrito. Tenho pena que
com as várias mudanças de casa eu lhes tenha perdido o rasto. Tudo isto para
explicar que o que me motivou a escrever foi o facto de eu ver na criatividade
uma forma de estar na vida. Sem escrever eu sentia-me vazia. Inconscientemente,
eu fazia-o sem que fosse obrigada a isso. Quer eu estivesse na escola, numa
festa, num jantar, de repente, era assaltada por uma ideia e registava-a num
pequeno caderno, ou se este não estivesse à mão, decorava-a e ao chegar a casa
colocava-a por escrito. Não se tratava de um escape mas sim de algo que me
definia. E esta sensação de definição sempre me acompanhou. Nada sou quando não
escrevo. Se não escrevo, é porque uma parte de mim não vive e eu preciso de
escrever para me sentir viva e equilibrada. Quando era adolescente enviei os
meus poemas para um concurso literário, da Société
des Poètes et Artistes de France e fiquei muito surpreendida quando fui premiada.
Posteriormente ganhei mais alguns prémios nessa área.
SMC - Como foi a construção do seu romance Lírios da Vida?
Adnilo Lotus - Foi uma construção morosa. Demorei cinco anos a desenvolver
o livro. Durante dois anos, vesti a pele de Olavo, a personagem principal. Acordava
e deitava-me a pensar nele. Nas suas características físicas e psicológicas. Na
família pela qual ele nutria uma grande admiração e também um sentimento de
culpa por entender que nem sempre foi honesto. Demorei tanto tempo a terminar o
livro porque algumas vezes suspendia a escrita. Quando acabei a obra, em 2008, submeti-a ao concurso literário da
editora Papiro, tendo ganhado o prémio na categoria de romance.
SMC - Ao escrever Lírios da Vida, você já pensava em escrever “mar desfeito”?
Adnilo Lotus - Não. De todo. A
publicação dos Lírios da Vida foi em 2008, mas, o livro foi escrito uns anos
antes. O mar desfeito foi escrito entre 2005 e 2008.
SMC - Como foi a escolha do Título “ Mar Desfeito”?
Adnilo Lotus - A escolha do título
deve-se ao facto de a narrativa se passar junto ao mar. A personagem principal
nasceu e vive à beira mar e o seu confidente foi sempre o mar. Era no mar que
Marta encontrava o auxílio de que necessitava. Quando tudo sai fora do controlo
de Marta, até o seu fiel e terno amigo parece virar-lhe costas e perder a
beleza de outrora. Parece desfeito, à semelhança da sua vida que não passa de
um eterno e imenso mar desfeito. Por todas estas razões eu escolhi este título.
SMC - Escritora Adnilo, você estará lançando agora, pela Editora
Modocromia, o seu livro “Cellos Transparentes”,
qual a ligação desta obra com a
música?
Adnilo Lotus - A música é uma constante no livro. O facto de uma das personagens
ser música faz com que toda a narrativa seja permeada pelas propriedades do
violoncelo e feita através de uma prosa embriegada de poesia. A poesia é uma
constante. Aliás, eu defendo que um bom livro deve ter uma forte componente
poética. A poesia deve andar de braço dado com a prosa e ambas são capazes de
transmitir as sensações e as melodias mais belas ao ponto de o leitor ficar
extasiado.
SMC - Qual a mensagem que você quer transmitir ao leitor através de
“Cellos Transparentes”?
Adnilo Lotus - A mensagem que pretendo
transmitir é que devemos estar atentos aos gestos e às atitudes dos outros. Um
simples olhar pode influenciar o nosso comportamento. Os olhos são autênticos
espelhos e, por isso, muito nos podem revelar. Não devemos julgar as pessoas à
toa. Há sempre um lado bom e um lado mau e, por vezes, o lado mau pode
sobrepor-se ao bom. A vida é a soma de todos os equíbrios e quando estamos
recorrentemente a ser infelizes e maltratados isso pode ter repercussões muito
negativas e, direi mesmo, nefastas. Tudo na vida é uma questão de equílibrio. O
passado tem uma grande influência sobre o presente e o futuro e, se esse
passado for trágico, pode trazer conseguências muito negativas. Tentemos viver
com o mínimo de qualidade de vida. Deste modo, conseguiremos ter mais sucesso
no presente e no futuro.
SMC - A quem você indica a leitura desta obra?
Adnilo Lotus - Esta obra é bastante
abrangente e a sua leitura é adequada para jovens e adultos. A trama e o
conteúdo não são adequados a crianças, mas de resto, recomendo o livro a quem
gostar de uma leitura densa e rica, com uma marcada carga emocional.
SMC - Já temos uma data prevista para o lançamento?
Adnilo Lotus - O lançamento será no
dia 26 de setembro, no Forum Mira, no Porto, uma galeria que divulga não somente
escritores mas igualmente artistas como fotógrafos, pintores, cineastas ou seja
a cultura em geral.
SMC - Onde podemos comprar os seus livros?
Adnilo Lotus - Os meus livros “Lírios da Vida” e “mar desfeito”
podem ser comprados na Fnac e o livro Cellos Transparentes pode ser aquirido na
livraria Bertrand, na Livraria Barata, ou na editora Modocromia, http://editoramodocromia.blogspot.pt
SMC - Como você vê o mercado literário em Portugal?
Adnilo Lotus - O mercado nacional, dada a dimensão do país, é
reduzido. A divulgação de obras literárias raramente consegue atingir uma
escala satisfatória que só é conseguida por um pequeno grupo de pessoas. Penso
que os apoios à literatura são escassos e isso impede a consagração de autores
e o nascimento de novos escritores. Claro está que estou a falar de obras
literárias.
SMC - Pois bem, estamos chegando ao fim da entrevista, agradecemos sua
participação no projeto Divulga Escritor, muito bom conhecer melhor a Escritora
Adnilo Lotus Carmin, que mensagem você deixa para nossos leitores?
Adnilo Lotus - A escrita é uma arte que nos enche a alma. Podemos
criar personagens, dar-lhes vida, moldá-las e tudo isso se passa no nosso
imaginário. Aos leitores recomendo que leiam o mais que puderem, pois a
leitura, para além de ser um ato lúdico, é instrutiva e ajuda-nos a conhecer
coisas, lugares e emoções. O facto de a língua portuguesa estar espalhada por
todo o mundo é favorável à divulgação de autores lusófonos. Finalizando, incito
os leitores a não desistirem dos seus sonhos.
Participe do projeto Divulga Escritor
Jornalista
Shirley M. Cavalcante (SMC) entrevista escritora Maria dos Santos Alves
Nome: Maria dos Santos Alves
Idade: 37 anos
Signo: Balança
Personalidade: Humana; Persistente; Orgulhosa; Saudosista
Q.B.; Criativa e uma Sonhadora crónica.
Nasceu em Viseu, ao cair da folha de 1976. Licenciada
em Relações Públicas, reside em Lisboa desde 2003. Em Viseu e Lisboa, locais de
sua eleição por motivos óbvios reside a essência dos seus poemas, entre o campo e o mar.
Valoriza na sua escrita o ser humano, a vida, a natureza e os
sentimentos que tudo conjuga.
No seu currículo conta já com dois livros infantis publicados e três
de poesia, sendo um deles um e-book.
“Não ignorem os novos autores, até porque existe no
mercado literário imensos novos talentos e que merecem ter a sua oportunidade.”
Boa
Leitura!
SMC - Escritora
Maria dos Santos Alves, é um prazer contarmos com a sua participação no projeto
Divulga Escritor, conte-nos o que a motivou a publicar o seu primeiro livro?
Maria Santos Alves - O prazer é
todo meu, Shirley. Aliás deixe-me dar-vos os parabéns pela iniciativa e pelo
excelente trabalho que têm vindo a desenvolver com este vosso projecto. O que
me levou a publicar o meu primeiro livro? Essa pergunta é dificil de responder,
por uma razão simples mas complexa ao mesmo tempo. Complexa, porque mexe um
pouco com o meu íntimo, tal como toda a poesia que escrevo. Comecei a escrever
em tenra idade, aliás o meu imaginário infantil já escrevia, mesmo antes de
saber ler e escrever. Segundo consta eu sempre fui uma criança sonhadora e
gostava de inventar cenários e criar histórias, principalmente que envolvessem
a natureza. Na minha infância as flores, as árvores, as pedras, todos os
animais falavam, tudo era motivo para redesenhar na minha mente. Há medida que
fui crescendo, a minha escrita tornou-se mais poética e os momentos comigo
mesmo eram passados a escrever poemas que ia guardando na gaveta. Mas a vida
prega-nos muitas partidas e por vezes somos atraiçoados pelas necessidades e
por termos de submeternos às prioridades da vida e a poesia não se tornou numa
delas, deixando de escrever. Estive cerca de quase 11 anos sem escrever um
único verso. Em 2011, por mais um acaso da vida, dei por mim agarrada a uma
folha de papel e a escrever um poema, seguido de outro e de outro e de outro e
foram tantos no espaço de uma semana que comecei a publicá-los em blogs de
poesia, nomeadamento num, pertencente à Corpos Editora e assim surgiu o
primeiro livro “Palavras ao Vento”. Um livro que não é uma referência poética,
mas que para mim, tem o real significado de me ter agarrado novamente à poesia
e à escrita. O facto de o ter publicado comprometeu-me com a escrita, no
sentido de crescer e melhorar em cada livro que publique.
SMC - Que
temas você aborda em seus textos poéticos?
SMC - De que forma esta construído o enredo de seu livro “Grito Oculto”?
Maria Santos Alves - O Grito
Oculto não me parece que tenha um enredo. É o livro com o qual faço um pacto
com a palavra, onde tento através da prosa poética e poemas, evidenciar a minha
essência na escrita. É um livro construído de momentos. Cada poema…um momento. O
texto que talvez melhor defina este livro, é o “Porque escrevo? Escrevo por
escrever…”, publicado na página 17 do “Grito Oculto”. Todo o conteúdo do Grito
Oculto não nasceu para ser livro, são momentos, pequenos gritos da alma, talvez
por isso eu prefira pensar nele não como um enredo, mas como vários estados de
alma, aliás o que é a poesia se não um estado de alma, por vezes amena, por
outras tempestuosa.
SMC - O que
diferencia o seu livro “Concertos da Alma” de ”Palavras ao Vento, Oscilação dos
Sentimentos”?
Maria Santos Alves - Pergunta
difícil. Como já foi referido, “Palavras ao Vento”, foi um impulso que me levou
a regressar à escrita e à poesia e é tal como o título o indica: palavras ao
vento, e, o vento respondeu trazendo-me a inspiração para o e-book “ (Des)Concertos
da alma. Uma pequena crónica poética, elaborada em prosa e verso, que nos fala
do sentimento de perca, da solidão, do pacto de amor, da saudade. No e-book
(des) concertos da alma, eu redescubro-me novamente na prosa, talvez essa seja
a grande diferença: o renascimento da prosa em mim.
SMC - Maria,
o que a motivou a escrever livros de contos infantis?
Maria Santos Alves - Os contos
infantis são um regresso à infância.
São o relembrar constante que nós, adultos, nunca devemos esquecer ou ignorar a criança que há em nós. Todos a temos, eu redescobri a minha quando fui mãe pela primeira vez e devo esse feito à minha filha que está a demonstrar-se tão sonhadora como a mãe. As histórias infantis estão a tornar-se demasiado reais, os pais procuram ensinar demasiado cedo a realidade da vida aos seus filhos, não digo que isso seja errado, até porque eu também sou mãe, mas temos que os deixar sonhar e as histórias infantis devem servir exactamente para isso: para os ensinar a sonhar, ofertando-lhes em simultâneo valores como o amor, a solidariedade, a amizade e não a guerra.
São o relembrar constante que nós, adultos, nunca devemos esquecer ou ignorar a criança que há em nós. Todos a temos, eu redescobri a minha quando fui mãe pela primeira vez e devo esse feito à minha filha que está a demonstrar-se tão sonhadora como a mãe. As histórias infantis estão a tornar-se demasiado reais, os pais procuram ensinar demasiado cedo a realidade da vida aos seus filhos, não digo que isso seja errado, até porque eu também sou mãe, mas temos que os deixar sonhar e as histórias infantis devem servir exactamente para isso: para os ensinar a sonhar, ofertando-lhes em simultâneo valores como o amor, a solidariedade, a amizade e não a guerra.
SMC - Quais
os projectos futuros no mundo da escrita?
SMC - Quais
os seus principais objetivos como escritora?
Maria Santos Alves - Considero-me
uma escritora ainda em fase de maturação, ou seja, ainda estou a experimentar,
a degustar as palavras e as suas formas de escrita, quero passar por todos os
estágios, por todos os géneros. Quero sentir, não só pela opinião dos meus
leitores, mas por mim, que estou a evoluir, que não parei no tempo. Não tenho
pressa de chegar a nenhuma estação, não quero atingir nenhum título, nem nenhum
prémio, quero simplesmente sentir-me bem com o que escrevo e tentar ofertar aos
leitores que me quiserem ler e acompanhar um estado de alma comum, fazendo-os
sentir aquele momento, como se as palavras escritas tivessem pulsação,
respiração, cor, perfume, vida. Quando isto acontecer, então, enquanto
escritora e poeta atingi o maior objectivo de todos.
SMC - Onde podemos comprar os seus livros?
Maria Santos Alves - No caso do
Grito Oculto, pode ser adquirido através do site da Chiado Editora, em várias
livrarias do país com quem a editora tem parceria e nos sites com venda on-line
como é o caso da Fnac, Bertrand, Wook. No caso dos livros infantis, estes podem
ser encomendados nos mesmos sites de venda on-line acima referidos, e/ou através
da Editora Vieira da Silva e nas várias livrarias do país com quem a editora
tem parceria. Os interessados poderão ainda contactar-me através de e-mail ou
da minha página de facebook e eu enviarei um exemplar por correio.
SMC - Como
você vê o mercado literário em Portugal?
Maria Santos Alves - O livro não é considerado um
bem de primeira necessidade, é
extremamente caro para o leitor e para o autor. Este mercado como qualquer
outro é uma selva, sobrevivem os mais fortes e os mais astutos. Tenho ainda
pouca experiência neste campo, por isso, talvez não seja a pessoa indicada para
avaliar esta situação, mas pelo que me tenho vindo a aperceber pela minha pouca
experiência e pela experiência de pessoas que vou conhecendo, o mercado
literário é um mercado ingrato. Há poucas editoras, embora comecem a surgir
agora algumas alternativas; há muitas novas promessas nesta área que querem ver
os seus trabalhos publicados e há pouca procura por parte das livrarias de
novos autores. Os novos autores têm de ser polivalentes, isto se quiserem ver o
seu trabalho divulgado e promovido, não podem, nem devem contar somente com as
editoras para esse efeito. Devem escrever o livro e aprender a auto
publicitarem-se, o que, no meu ver é um contrasenso, eu pessoalmente, ainda não
aprendi a fazê-lo, é muito dificil promovermo-nos a nós próprios, sem que
sejamos considerados uns egocêntricos, principalmente na área da escrita.
SMC - Pois bem, estamos chegando ao fim da entrevista, agradecemos sua
participação no projeto Divulga Escritor, muito bom conhecer melhor a Escritora
Maria dos Santos Alves, que mensagem você deixa para nossos leitores?
Maria Santos
Alves - Para lerem, para lerem muito.
Para um escritor, principalmente para
aqueles que ainda não se consagraram como tal é de extrema importância serem
lidos, criticados com bem senso, sentirem-se abraçados pelos leitores. Os bons
amigos não são os que nos dão palmadinhas nas costas, são os que nos ajudam a
crescer e a encontrar o caminho certo e penso que é isso que um escritor espera
de um leitor.
Todas as pessoas são livres de dar a sua opinião,
desde que seja uma opinião construtiva, no que me toca, gostava muito de ter
esse feedback da parte de quem me lê e podem sempre fazê-lo através do meu
e-mail: mrg_santos@hotmail.com ou através
da minha página de facebook.
Não ignorem os novos autores, até porque existe no
mercado literário imensos novos talentos e que merecem ter a sua oportunidade.
Participe
do projeto Divulga Escritor
Jornalista Shirley M. Cavalcante (SMC)
entrevista escritora Teresa Costa
Teresa Costa, nasceu em 4 de Julho de
1958 numa Aldeia, perto de Aveiro.
Partiu para Angola com seus pais quando tinha cerca de 4
anos. Aos 8 regressou, para junto dos seus avós maternos, tendo, com eles
vivido até aos 10, voltando a Angola e lá tendo permanecido até aos 14.
O seu contacto com a leitura deu-se através da Biblioteca
itinerante da Gulbenkian quando tinha 8 anos. Foi aí que descobriu os Autores
da sua grande paixão ; a Poesia ; Florbela Espanca, António Gedeão e Fernando
Pessoa.
Sempre uma amante da leitura, refugiava-se no seu quarto
para ler, onde encontrava a sua melhor companhia.
Já na escola secundária, com 14 anos, começou a sua
paixão pela escrita. Escrevia contos e poesia. Tudo guardava em cadernos como
se d'um tesouro se tratasse.
Viveu alguns anos na Nigéria e na Jordânia.
Esteve alguns anos sem escrever, tendo-se dedicado à
família, principalmente no sustento e formação educacional dos seus 3 filhos.
Voltou a escrever há cerca de 2 anos poesia, donde
resulta o seu primeiro livro de poemas, bem como a ultimar um romance
(literário).
Boa Leitura a todos!
SMC - Escritora Teresa é um
prazer contarmos com a sua participação no projeto Divulga Escritor, conte-nos
o que a motivou a ter gosto por textos poéticos?
Teresa Costa - Sempre tive alguma apetência para escrever
poesia quando era mais nova. Mas a vida nunca me permitiu dar
"largas" a uma vontade de escrever o que sentia. Há cerca de 2 anos comecei a escrever como escape à solidão que sentia.
Mas, à medida que escrevia mais desejo e necessidade tinha de o fazer.
SMC - Em que momento você
decidiu publicar o seu livro “Lágrimas ao Vento”?
Teresa Costa - Esta foi a oportunidade. Não edito este livro por
me achar uma escritora/poeta. Mas pela oportunidade de poder compartilhar com
outros que, eventualmente, irão ler-me e sentir o valor da vida que dou à na
sua vertente mais dura e que mata lentamente, da forma mais cruel, a vontade de
viver em harmonia e tendo em vista alcançar um pouco de felicidade.
SMC - Que temas você aborda em
seus textos poéticos nesta obra?
Teresa Costa - O amor e a vida, mas os mais
variados temas vão sendo abordados, de acordo com as oportunidades e os momentos..
SMC - Qual a mensagem que você
quer transmitir ao leitor através de seus textos?
Teresa Costa - A poesia é mensagem por ela
própria. Este livro. ”LÁGRIMAS AO VENTO”, fala da realidade da vida vivida por
mim própria.
SMC - Onde podemos comprar o
seu livro?
Teresa Costa - O mercado de distribuição livreiro é, infelizmente, caro e pobre.
Razão, porque os Autores têm que desenvolver alternativas de venda e esses circuitos
são sobejamente conhecidos. Mas o contacto pessoal, junto de amigos e
familiares é sempre o último a que temos que recorrer.
SMC - Quais os principais
hobbies da poetisa Teresa Costa?
Teresa Costa - Apesar de não ter muito tempo livre, adoro ler, escrever e pintar,
principalmente pintura em tecido.
SMC - Quais os seus principais
objetivos literários?
Teresa Costa - Continuar a escrever poesia e ultimar o romance que tenho em mãos para
mais tarde editar.
SMC - Como você vê o mercado
literário em Portugal?
Teresa Costa - Muito mau. Precisava de um abanão, tanto no aspecto qualitativo como
sobretudo na distribuição. É cara e difícil.
SMC - Quais as melhorias que
você citaria para o mercado literário em Portugal?
Teresa Costa - Haver boas editoras e distribuidoras.
SMC - Pois bem, estamos
chegando ao fim da entrevista, agradecemos sua participação no projeto Divulga
Escritor, muito bom conhecer melhor a Escritora Maria Teresa Costa, que
mensagem você deixa para nossos leitores?
Teresa Costa - Se poderem comprem livros. Mas,
acima de tudo, amem a poesia.
Participe do projeto Divulga Escritor
Alvaro Giesta
(Vila Nova de Foz Côa, 1950), pseudónimo de Fernando António Almeida Reis.
Viveu em Angola entre duas guerras - a colonial e a civil - entre 61 e 75. Aos
16 anos aluno do Liceu Norton de Matos, Nova Lisboa, funda o jornal académico
“O Baluarte” de que foi editor e redator. Colabora nesta época, com o
pseudónimo Moraes de Mello, no jornal académico " O Grito".
Autodidata nas coisas da escrita, desenvolve a sua actividade literária em
vários sítios da internet.
Sócio da Associação Portuguesa
de Escritores e da Associação Portuguesa de Poetas. Membro do “Movimiento
Poetas del Mundo” com sede no Chile. "Cônsul de Poetas del Mundo em
Barreiro - Portugal" desde Fevereiro 2008 e Membro da Academia de Letras e
Artes Lusófonas (ACLAL), Portugal.
Colaboração
independente em: Jornal on-line ROSTOS, com poesia e recensão literária e na revista literária, impressa, a Chama, da
qual é Director e Editor.
Publicações:
Onde os Desejos Fremem Sedentos de Ser, Meditações sobre a palavra, Há o
silêncio em volta e, no prelo pela Editora Calçada das Letras, O Retorno ao
Princípio - uma dialética Vida-Morte. Publicações dispersas em mais de duas
dúzias de antologias em Portugal e no Brasil.
Boa Leitura!
SMC - Escritor Alvaro é um prazer contarmos com a
sua participação no projeto Divulga Escritor, conte-nos como foi a escolha do
pseudônimo Alvaro Giesta?
Alvaro Giesta -
Escrevi um dia, há muitos anos, mais de trinta, talvez... num poema, ainda por
publicar, mas que está reunido num original a que dei o nome "do meu cais e a outra voz", os seguintes versos que talvez expliquem a
escolha do pseudónimo:
" Rios de sangue rubro (...) teimam em fazer
definhar o meu poema // mas o meu poema há-de ser grande! // (...) / que eu
hei-de compor poemas com mãos de mestre. / E com um nome sonante. Porque eu
quero / para esses novos poemas usar um nome sonante. / Um nome que vá para
além de mim, (...) // Quero um nome sem ser nome de cédula de baptismo / para
que todos saibam que quem escreveu esses versos / não fui eu mas outro eu para
além de mim. // Como se eu fosse os degraus na terra / e o outro eu os anéis
que prende a Terra ao Céu."
SMC - Em que momento pensou em publicar o seu
primeiro livro?
Alvaro Giesta - Já
tardiamente. E porquê? Porque sempre entendi que, para
editar, assumindo-me como poeta, tinha que alcançar mérito por quem me lê e
critica - como pretendo e quero - tinha que escrever de ordem a não dizer algo
que já conheço previamente, mas sim, escrever de ordem a suscitar, a mim e aos
que me leiam, algo que eu mesmo ignoro. Tinha que escrever de ordem a que
"descobrisse" o que eu mesmo desconheço, de molde a
"descobrir" o que é novo, o inicial, a pureza absoluta do desejo, que
é o que desejo, afinal. Porque entendia que a poesia se deve dar a conhecer
pelo que é, triunfando das trevas, erguendo-se do vazio para construir o seu
próprio espaço, e não deixar-se permanecer no cantar eterno do mesmo tema,
repetitivo, que de tantas vezes cantado, de tantas repetido, se torna cansativo
e desvaloriza a verdadeira intenção do acto de o cantar.
SMC - Apresente-nos de forma resumida o seu livro “Onde os Desejos Fremem Sedentos de
Ser”.
Alvaro Giesta - eu
escrevo as obras quase sempre por temas e, dentro do tema, organizo a obra,
dentro do possível, por segmentos como se a obra fosse um poema único. Não foi
assim que aconteceu neste livro. Seleccionei, dentre os melhores, meia centena
deles em
que o denso artefacto das palavras na construção frásica, dá um equilíbrio
constante à abundância da imagem que compõe cada verso de cada poema,
conferindo valor ao real. A proposta do livro é " Inventem-se novos
sentidos de dizer e de sentir o real, como se “inventa a música onde não há mais música” fazendo crescer a “roseira bravia” de cujos espinhos “sangram orgias” e brotam “sangue novo” nas rosas que nascem
indefinidas de dentro do eu–poético onde se acendem “estrelas / iradas” – é a palavra nova que brota em chamas e
turbilhões. Desiludam-se aqueles que pensam que vão ver na obra apenas poemas
de exaltação ao amor… mas também não percam a esperança de não ver alusão a
tal, ainda que, de algum modo, diluído na imagística que abundantemente lavra a
obra. Contudo, a sagacidade do leitor desvendará nesses poemas em que há
alusão, ainda que breve, ao feminino oculto, muito mais para além disso.
SMC - Qual a mensagem que você quer transmitir
através de seus textos publicados no livro “Meditações sobre a palavra”?
Alvaro Giesta - Parece-me
que, o crítico Xavier Zarco andou "por dentro" do sentir do
eu-poético ao fazer, tão bem, o desenho da ideia que me norteou para a mensagem
deste livro. Vejamos, a este respeito, apenas algumas linhas da longa crítica
ao livro: " (...) Alvaro Giesta, logo na abertura deste seu
tomo, numa nota de autor, avisa o leitor que “O homem, ao criar, põe no que
cria engenho e arte sem estar sujeito a qualquer entidade inspiradora”.
(...) no presente volume de Alvaro Giesta,
“Meditações sobre a palavra”, (há) o saber que a palavra em si pode e deve ser
mais do que a palavra para cada um de nós, inclusive para o próprio, daí a
utilização da linguagem poética, registo esse onde a palavra adquire valores
diversos aos que comummente lhes são atribuídos. A palavra é aquilo a que,
colhido como sombra, urge saber-lhe do corpo, (...).Alvaro Giesta traça-nos o
poema partindo, porque o demanda, do que radicalmente nomeia a coisa, que em
sombra nos é apresentada, para o trabalhar, retirando-lhe os excessos, levando,
direi, ao osso, ao mínimo, ao essencial para que o corpo, ele próprio, na palavra
se possa vislumbrar para, posteriormente, saber da via, o ter consciência que o
poema pode e deve ser luz, (...)para
que o poema, tal como uma escultura, que nasce do ventre de uma pedra em bruto,
seja o revelar do corpo que nessa mesma pedra estava oculto. Tal efeito só é
possível se o artesão dominar o uso dos artefactos e souber das próprias
propriedades da matéria a trabalhar. (...)
SMC - Como foi a escolha do Título para o seu livro
“Há o silêncio em volta”?
Alvaro Giesta - "Há o silêncio em volta" é uma
poética de guerra. Em poucas palavras é difícil definir a escolha do título
escolhido para esta obra! Toda ela, do primeiro ao último poema, retrata a minha
vivência, como veterano de guerra e autor, em contacto directo com a morte em
pleno teatro de guerra. Quando se anda numa guerra, como aquela
em que eu andei, uma guerra de guerrilha, onde nunca se sabe de onde vem a bala
traiçoeira, nem onde está a mina que pisamos e a emboscada mortífera que à
saída do trilho para a clareira à nossa frente nos varre sem dó nem piedade, a
morte e o silêncio imposto para não nos denunciarmos, é o convívio único que
parece impossível de ser. Mas é! É nessas alturas que a poesia da ausência, que
a poesia da falta, a poesia da raiva e do medo, nos nasce na alma e gravamo-la
na mente. É por isso que, a este tempo de falta, a este tempo de ausência, a
este tempo da dor, só consigamos dar corpo ao silêncio até aí existente ao fim
de algumas décadas, porque até aí faltou a coragem da denúncia, de o deixar
expresso por palavras escritas para a posteridade, amordaçadas pelo receio,
pelo medo do julgamento que nos possam fazer. É o mundo das mentalidades tantas
vezes em julgamentos injustos, porque não passaram por lá, porque não
enfrentaram a morte, porque não enfrentaram a dor de ter de matar para não
morrer. É a injustiça dos homens a julgar os outros homens, a julgar aqueles
que tiveram a coragem para escrever da guerra em que andaram envolvidos que
também remete o título desta obra para o silêncio existente à nossa volta.
SMC - Onde podemos comprar os seus livros?
Do livro
"Meditações sobre a palavraa", em edição de papel esgotada, ainda
possuo, no meu espólio, vários exemplares para venda.
SMC - Pensas em publicar um novo livro?
No prelo, pela Editora Calçada das Letras, tenho o "O Retorno ao
Princípio", uma dialética Vida-Morte, a lançar dentro da Feira do Livro
de Lisboa (29 de Maio a 15 de Junho). Trata-se de um ensaio filosófico
apresentado sob a forma poética sobre o tema "O Retorno ao Princípio numa
Dialética Vida-Morte", em que todo o pensamento desde o princípio ao
fim da obra se desenvolve na mesma linha lógica de raciocínio sem quaisquer
desvios do fio condutor do "retorno ao princípio".
SMC - Quais os seus principais objetivos como
escritor?
Alvaro Giesta - Com
esta idade pouco se pode almejar já no campo da literatura, dentro dos limites
do tempo que terei de vida (64 anos), principalmente se não houver uma crítica
justa, por aqueles estudiosos que, efectivamente, se dedicam a estudar e
divulgar as obras que tal merecem. Porventura, quiçá os meus netos venham um
dia a saber que o avô deixou para a posteridade este ou aquele livro com algum
valor literário. Contudo, devo acrescentar que fazem parte do meu espólio
alguns originais - talvez uma boa dezena, entre poesia e conto - escritos com
aquilo que eu comumemte designo por "ARTE", que de outro modo não sei
escrever.
A par disto, continuarei
a desenvolver a minha actividade de director e editor da revista literária impressa "a
Chama", de minha propriedade, que prima pela selecção rigorosa de textos -
poesia (prioritariamente) e crítica literária - dos poetas da actualidade.
SMC - Como você vê o mercado literário em Portugal?
Alvaro Giesta - O
mercado literário em Portugal continua a crescer, ainda que de forma moderada
para as obras classificadas com valor literário. O aumento é mais a nível de
publicações de títulos estrangeiros que a maior parte das vezes não vão além do
lúdico, dificilmente se lhes vislumbrando o verdadeiro carácter literário da
obra. Talvez o baixo índice de leitura e as alternativas ao livro sejam as
justificações para este aumento moderado.
Contudo, a nível de
poesia, começam a abundar os poetas com alguma ânsia, amadorística, de verem o
seu livro editado. Até cerca de 1973 as editoras primavam por possuir nos seus
quadros, pessoas qualificadas para analisarem e decidirem se determinada obra
era com valor literário, ou não, para a sua edição, e só saíam para os
escaparates obras de qualidade; hoje, infelizmente, poucas são as editoras que
publicam com seriedade, tanto na análise da obra como do proveito que tiram
dela após editada. O grande número de editoras que hoje proliferam, que se
arrogam a esse título, não o sendo, contudo, pois não passam de meras
prestadoras de serviço "caseiro"
que editam on demand, tanto em
Portugal como no país vizinho, Espanha, vão enganando os incautos
"escritores/poetas" com algumas publicações que apenas são vendidos
os magros exemplares aos amigos que assistem aos lançamentos.
SMC - Quais as melhorias que você citaria para o mercado
literário em Portugal?
Alvaro Giesta - Que
as editoras, com alguma idoneidade, mesmo essas que vão proliferando, por aí,
antes de pensarem no lucro fácil, se artilhassem dos meios humanos qualificados
e necessários a uma análise cuidada e selectiva das obras que lhe são muitas
vezes "impingidas" por quem tem pressa de ver o seu nome em livro.
Repare-se que agora até aparecem falsos apregoadores, que não entendem patavina
de escrita nem de leitura, na noite lisboeta, a lançar tertúlias poéticas, ao
Deus dará, como se isto fosse coisa de usar e deitar fora, com pessoas que,
muitas vezes, mal articulam as palavras do poema que leem. Isto é que arruína a
verdadeira obra literária.
SMC - Pois bem, estamos chegando ao fim da
entrevista, agradecemos sua participação no projeto Divulga Escritor, muito bom
conhecer melhor o Escritor Alvaro Giesta, que mensagem você deixa para nossos
leitores?
Alvaro Giesta - Obrigado.
Eu é que agradeço. Aos leitores, que façam uma boa escolha das obras que lêem,
porque são eles que são os responsáveis por haver bons ou maus escritores. É a
má escolha que fazem das obras que adquirem (muitas vezes nem são lidas) que
faz com que haja muito mais literatura má do que literatura boa.
Mas, principalmente, aos
escritores actuais, àqueles que não pisam ainda terreno firme neste campo
ingrato do meio literário, que não desperdicem, com a pressa de editar, aquilo
que muitas vezes, poderia passar do sofrível ao bom, se burilassem a palavra. É
que, quando o leitor abre um livro, que tem nas suas mãos e se dispõe a lê-lo,
não é a ele que compete decidir se o vai ler até final. Não. É ao escritor, ao
autor que lhe compete levar o leitor até ao termodo livro, através da sua arte
de escrita.
Participe do projeto Divulga
Escritor

Jornalista Shirley M. Cavalcante (SMC) entrevista
escritor Paula Timóteo
Nasci a 25 de Setembro em Lisboa e com a
minha mãe habituei-me a partilhar os sonhos que a noite nos tinha trazido. Mais
tarde, quando andava já na escola, era delicioso ver o seu olhar atento e
orgulhoso enquanto eu lia as minhas redacções que na aula haviam sido lidas
para a turma pela professora.
Cresci numa casa com um quintal cheio de
árvores e onde havia sempre muitos gatos que me entretinha a domesticar. Foi
uma infância de liberdade e ar puro, de jogos e muitos amigos imaginários e
histórias inventadas. Estudei piano quando consegui pagar as minhas aulas,
conclui na Universidade Nova de Lisboa a licenciatura em História e sou
professora de História e sobretudo sou educadora. Colaborei redactorialmente
durante 10 anos com uma revista de arte e moda, tive contos publicados no
jornal Diário de Notícias e participei na colectânea de poesia Palavras de
Cristal. Sou sobretudo a soma do tempo, meu e dos outros. Um tempo feito de
gente, de palavras, de vento e sol e chuva e sonho.
“E o que somos é a soma das
memórias que o tempo constrói. São ainda contos onde o fantástico e o
surprendente surgem de forma mais evidente em algumas histórias como “O Poço” a
“ A Parede” ou a “Rosa Maria” e uma paixão pelos animais se torna evidente.”
Boa Leitura!
SMC - Escritora Paula Timóteo é um prazer contarmos com a sua
participação no projeto Divulga Escritor, conte-nos em que momento pensou em
escrever o seu livro “Um dia... o dia não se repete”?
Paula Timóteo - O prazer é
certamente meu e agradeço o interesse manifestado bem como a oportunidade de
conversar convosco. Respondendo à pergunta, devo dizer que, tal como a maioria
dos que gostam de escrever, a publicação de um livro é sempre um sonho a cumprir.
Confesso que tenho alguma dificuldade em entender quando ouço alguém dizer que
escreve só para si. O que se passa é que muitas vezes não temos a confiança
suficiente que nos permita publicar. Por isso, este livro surgiu como resultado
de dois factores essenciais: o facto de ter uma série de contos escritos e
porque me consegui libertar de uma postura de autocrítica feroz que acabava por
ser inibidora. O dar a ler um conto e a seguir outro e outro, a alguém que não
fosse eu própria, foi uma conquista e uma etapa fundamental. Rapidamente a
Modocromia insistiu na publicação, os amigos que leram encorajaram a ideia e
quase se zangaram diante a minha hesitação. Depois veio a fase da selecção dos
contos e da prórpia definição da estrutura e conceito do livro. Surgiu então o
convite a uma ilustradora excepcional, a Susana Matos, que se encantou, no
verdadeiro sentido da palavra, pelas histórias e que criou ilustrações
surpreendentes. Ds melhores que eu alguma vez vi.
Hoje o livro é verdadeiramente um motivo de orgulho para todos.
SMC - Que temas você aborda nesta obra?
Paula Timóteo - Diria que cada
conto é uma história de vida observada com minúcia e atenção . A dada altura da
minha vida apercebi-me que retemos muito pouco de tudo o que vivemos. Existem
pormenores, pessoas que se cruzaram connosco, acontecimentos, conversas,
olhares que se perderam definitivamente pelas esquinas da memória. Outras vezes
passamos pela vida sem a olharmos. Nessa altura ela torna-se transparente e o tanto que nos rodeia passa a
ser“inexistente”. Por isso diria que estes contos conciliam uma escrita sobre a
atenção ou até a contemplação do que somos. E o que somos é a soma das memórias
que o tempo constrói. São ainda contos onde o fantástico e o surprendente
surgem de forma mais evidente em algumas histórias como “O Poço” a “ A Parede”
ou a “Rosa Maria” e uma paixão pelos animais se torna evidente.
Este é um livro aonde, espero, apetece regressar
porque, tal como diz João Lima no seu prefácio “...com elas (as personagens) nos apetece
continuar a conversar. Porque elas sentam-se ao nosso lado e fazem parte da
nossa vida. Um dia, algures, nos cruzámos com uma delas. São pessoas que
conseguimos ver. Tudo isso torna este livro num objecto de memórias. Como se
fosse um baú. Uma caixa atada com cordel do tempo das mercearias e do papel
canelado para levar para casa quase como sendo o mais precioso dos embrulhos”
SMC - Qual a mensagem que você quer transmitir ao leitor
através de seus textos literários?
Paula Timóteo - Julgo que em
parte já terei respondido, no entanto gostaria de dizer que entendo que quando
produzimos alguma coisa, seja ela mais ou menos criativa, ela deixa de nos
pertencer a partir do momento que a libertamos no mundo. Sei o que senti quando
escrevi as minhas histórias, mas cada leitura é uma leitura singular. As
ilustrações da Susana são extraordinárias porque são a sua visualização dos
contos e em simultãneo podem ser elas mesmas histórias que se contam
autonomamente. Cada leitor pode assim encontrar em cada conto e cada ilustração
uma possibilidade de leitura que o transportará, se assim o entender a um
desenvolvimento da história ou até a recriar uma outra. É este apelo e
incentivo à criatividade de cada um que julgo estar presente no livro. Tal como diz João Lima acerca do livro
SMC - A quem você indica a leitura do seu livro?
Paula Timóteo - Por vezes
perguntam-me para que idade ele está pensado e confesso que tenho alguma
dificuldade em “arrumá-lo” de alguma forma. Julgo que este é um livro que pode
ser lido dos 9 aos 109 anos ( eu costumava dizer dos 9 aos 99 mas depois a
Susana lembrou-me, e bem, que o nosso realizador Manuel de Oliveira está ao
activo ao 105 anos...). Cada história terá leituras diversas em conformidade
não apenas com a idade mas igualmente com as experiências de vida. Bom, afinal
penso que isso acaba por acontecer com todos. De qualquer forma devo confessar
que quando escrevo as histórias não o faço com um objectivo definido
relativamente a quem vai ler. Assim talvez possa adiantar que, exceptuando a
questão do escalão etário, o livro terá interesse a quem se identificar com o
que eu disse anteriormente. Penso que será sobretudo um livro para o qual “:::é preciso
um tempo de descanso. De repouso. De sossego. De ler em pausa. Para ser lido em
modo lento. Como se fosse uma conversa que vamos começar”como o João Lima escreveu no
prefácio.
SMC - Onde podemos comprar o seu livro?
Paula Timóteo - O livro pode ser pedido directamente a mim
através do endereço:
anapaulatimoteo@sapo.pt
ou através da editora Modocromia
SMC - Quais os seus principais objetivos como escritora? Pensas em
publicar um novo livro?
Paula Timóteo - Irei participar
na próxima colectânea de poesia “Palavras de Cristal”. É a segunda vez que sou
lisongeada com o convite que aceito com imenso prazer porque a poesia faz parte
da maior parte do trajecto da minha vida. Para além desse livro eu e a
ilustradora estamos a trabalhar num projecto de reescrita das lendas das
constelações. O desafio desta vez partiu da ilustradora e por isso o trabalho
dela está mais adiantado. Para além desse projecto há mais contos a aguardar o
momento e a maturação suficientes para se emanciparem.
SMC - Quais os principais hobbies da escritora Paula Timóteo?
Paula Timóteo - Não sobra muito
tempo para hobbies, mas em todo o caso este ano estou a descobrir com o apoio e
incentivo do Alfredo, o meu marido, a magia dos trails e estou a adorar. Este
fim de semana ele irá cumprir 100kms em Portalegre e eu 42km. Haverá certamente
muito estímulo visual inspirador para muitos contos. E é evidente que a leitura
é sempre a sobremesa do dia. E neste
campo é para mim impossível falar em escritores preferidos porque cada um é
único e muito especial nos universos que cria, na linguagem que constrói. E
alguns são uma surpresa como foi para mim o Chico Buarque de quem já era
admiradora no campo musical. O “Leite derramado” é intensamente lindo.
SMC - Como você vê o mercado literário em Portugal?
Paula Timóteo - Bom a produção literária
em Portugal sofre dos mesmos males que a produção em outras áreas da cultura.
Portugal está a viver um dos piores períodos da sua história já que o primado
está colocado no mundo financeiro, nos jogos de especulação, nas redes de
corrupção a que tudo se subalterniza. A questão é complexa, mas vivo num país
onde o poder executivo desrespeita a educação e a cultura e penso que está tudo
dito.
SMC - Quais as melhorias que você citaria para o mercado Português?
Paula Timóteo - Eu desejaria
melhorias na política cultural e educativa. Com um país melhor formado e mais
dignificado e exigente, o mercado corresponderia com outra postura.
SMC - Pois bem, estamos chegando ao fim da entrevista, agradecemos sua
participação no projeto Divulga Escritor, muito bom conhecer melhor a Escritora
Paula Timóteo, que mensagem você deixa para nossos leitores?
Paula Timóteo - Começo por
desejar todo o sucesso que o projecto “Divulga Escritor” tão bem merece e
espero que cada leitor continue a descobrir nos livros o portal que nos
transporta para a dimensão da felicidade e do sonho. Que cada momento possa ser
vivido com a intensidade e a loucura que as coisas únicas nos fazem sentir.
Participe
do projeto Divulga Escritor

Maria de Lurdes Silva Maravilha, natural de Castro Daire - Viseu.
Diplomou-se em Educadora de Infância, pela Escola do Magistério Primário de
Lamego, posteriormente a licenciatura em Administração Escolar, pela Escola
superior de Educação de Viseu, especializou-se em Administração e Organização
Escolar, adquiriu o grau de Mestre em Ciências da Educação pela Universidade
Católica. Foi designada como avaliadora no atual processo de avaliação de
desempenho docente. Realizou um estudo de investigação sobre a necessidade da
implementação educação pré escolar itinerante, a qual foi implementada no
Agrupamento de Castro Daire. Exerceu a função de formadora durante vários anos,
no Instituto de Assuntos Culturais, dando formação às famílias e jovens.
Participa como apresentadora de programas relacionados com a temática sobre o
papel da família, na Rádio Limite de Castro Daire e na Rádio Alive FM 89.9 de
Viseu. Escreve poesia desde os dez anos. Publicou alguns artigos em jornais.
Publicou o livro de poesia que se intitula de “CINZAS VIVAS”, pela editora Oz.
“A leitura
converte-se numa das mais importantes atividades humanas, já que influencia e
assegura o processo de maturação, através da autonomia intelectual, sendo
igualmente factor de liberddae interior daquele que lê.”
Boa Leitura!
SMC - Escritora Lurdes Maravilha é um prazer contarmos com a sua
participação no projeto Divulga Escritor, conte-nos o que a motivou a ter gosto
pela poesia?
Lurdes Maravilha - O meu gosto pela poesia vem desde criança, desde o
meu primeiro contacto com as letras. Recordo-me que gostava imenso de escrever
composições na escola primária. A professora colocava algumas imagens no quadro
e dizia para elaborarmos um texto tendo como referência essas imagens. Era uma
atividade que me dava imenso prazer e desenvovia muito a criatividdae. Tive muitas vezes o privilégio de as minhas
composições estarem expostas na parede da sala ou penduradas num cordel que se
estendia pela sala. Qualquer pedaço de papel servia para escrever, mas escrevi
muita vez numa lousa de pedra, que se usava nessa altura na escola.
No meu percurso da escola primária, havia uma
grande escassez de livros. Nessa época,
tinha apenas os livros didáticos da escola e sempre que podia, lia os livros
dos meus colegas mais velhos.
A minha falecida irmã, a qual foi também minha professora na escola
primária, quando podia oferecia-me um livro.
Em 1974, veio pela
primeira vez uma biblioteca itinerante à minha aldeia. Foi um dia muito feliz e
que jamais esqueço. Uma verdadeira
emoção ao ver tanto livro e poder levar alguns para ler era uma benção de Deus.
Durante o periodo da
minha infancia escrevi muitas canções, as quais imaginava serem cantadas no
festival da canção. Um sonhoguardado na
gaveta,porque as asas deste sonho não puderam voar. Porém, no meu percurso
escolar desde o 5ºano até ao 12ºano, recebi vários prémios de distinção,nos
concursos de poesia,assim como em outro génoro de textos.
A escrita é uma parte
muito importante da minha vida, a qual me dá imenso prazer.
SMC - Em que momento pensou em publicar o seu livro “Cinzas Vivas”?
Este meu livro de poesia foi escrito e
publicado numa fase de uma maior maturidade da própria vida.. Um livro de
poesia, com alguns textos de prosa poética, o qual revela um estado de alma sobre
as questões existenciais entre a vida e a morte. Neste sentido, o livro
leva-nos a fazer uma viagem reflexiva sobre o conceito da própria existencia
humana, e o misticismo na eterniddae.
SMC - Como foi a escolha do Título?
Lurdes Maravilha - A escolha do titulo refere-se à memóra da pessoa a
quem o dedico (a minha irmã), assim como está também muito relacionado com o
teor do seu conteudo. Cinzas Vivas é
algo que morreu,mas está sempre vivo
dentro de mim.
SMC - Onde podemos comprar o seu livro?
Lurdes Maravilha - Neste momento o livro encontra-se esgotado. Estou
a preparar a 2ª edição e será colocado à venda nas livrarias Bulhosa e Fnac.
SMC - Que outro tipo de textos, além de poesias, gostas de escrever?
Lurdes Maravilha - Gosto de escrever artigos relacionados com as politicas educativas e relatos históricos vivenciados por mim ou por outros.
SMC - De forma geral, qual a mensagem que você quer transmitir ao leitor
através de seus textos literários?
Lurdes Maravilha - O meu primeiro desejo é levar algo aprazivel no momento de leitura ao
leitor. Tenho como objetivo levar sempre
alguma informação e reflexão sobre os
temas apresentados. No que concerne à poesia, quero transmitir algo com um
cunho reflexivo sobre a propria vida e a
morte, incluindo no meio desta ponte o verdadeiro sentido sobre o sentimento do
amor.
SMC - Quais os seus principais objetivos como escritora, pensas em
publicar um novo livro?
Lurdes Maravilha - Todos os dias escrevo
poesia. Porem, estou a escrever um livro num contexto bem diferente. Um livro
moroso porque me requer muita investigação.Neste sentido, gostaria muito de um
dia o poder publicar.
SMC - Quais os principais hobbies da escritora/poeta Lurdes Maravilha?
Lurdes Maravilha - Os meus principais hobbies são escrita ,a dança, a natação, a musica, a fotografia e correr ao ar livre.
SMC - Quais as melhorias que você citaria para o mercado literário em
Portugal?
Lurdes
Maravilha - Um aspeto muito importante seria proporcinar uma melhor
divulgação do trabalho do escritor e o apoio económico para a própria edição.
SMC - Pois bem, estamos chegando ao fim da entrevista, agradecemos sua
participação no projeto Divulga Escritor, muito bom conhecer melhor a escritora
Lurdes Maravilha, que mensagem você deixa para nossos leitores?
Lurdes Maravilha - Eu é que agradeço esta oportunidade, assim como
toda a divulgaçao do meu trabalho através do Divulga escritor e para
finalizar apenas esta breve mensagem.
A promoção da leitura é da responsabilidade de
toda a sociedade.
A leitura converte-se numa das mais
importantes atividades humanas, já que influencia e assegura o processo de
maturação, através da autonomia intelectual, sendo igualmente factor de
liberddae interior daquele que lê. A leitura é uma das atividades que melhor
contribuem para o desenvolvimento dos diferentes aspetos da personalidade.
Assim, o livro é sempre
um magnifico instrumento de permanente formação intelectual, moral, afeciva e estética do leitor.
A leitura é uma arte
misteriosa e profunda; é talvez a mais eficaz, influente e universal de todas
as manifestações artisticas, ao ultrapassar as fronteiras espaciais e temporais
e deste modo poder atingir facilmente qualquer ponto do planeta.
Participe do projeto Divulga Escritor

Jornalista
Shirley M. Cavalcante (SMC) entrevista escritora Rosangela Ferris
Meu nome como autora é Rosangela Ferris. Nasci em Belo Horizonte, onde
resido com meus familiares.
Me formei em Teologia na Faculdade Hebrom e depois fiz pós graduação na
Faculdade Fateq - B.H
Ministrei durante 24 anos no Seminário Hebrom - Formação de Pastores, e
durante este tempo escrevi meu primeiro livro " Frágeis, mas nem
tanto". Este livro nasceu de uma frase que ouvi " ...que as mulheres
são o sexo frágil." e eu quis provar que isso não era verídico. Tenho
ainda mais 4 livros já concluídos e mais dois de contos no prelo.
A poesia sempre fez parte da minha vida, e não me vejo mais vivendo sem
ela. O livro"Nós da Poesia" ( hoje na 3ª edição ) tem sido um
canal onde tenho poemas editados junto a outros 34 poetas.
Este livro pertence a IMEL - Instituto Imersão Latina, uma ONG presidida
pela jornalista, poeta e escritora Brenda Marques Pena ( minha nora ).
Meu próximo livro " Está Consumado", deverá ser editado ainda
neste trimestre, e para o compor fiz laboratório de Tanatologia no IML ( inst.
médico legal ). Tenho recebido diversos diplomas de participação e ativismo,
sendo pra mim o mais importante o do ABRACE por ser um projeto internacional
.
Tenho participado de vários grupos no Facebook, sendo o maior deles o
Solar de Poetas e o do IMEL -
Nós da Poesia, da qual sou uma das administradoras.
Boa Leitura a todos!
SMC - Escritora
Rosangela, é um prazer tê-la conosco no projeto Divulga Escritor, conte-nos o
que a motivou a ter gosto pela escrita?
Rosangela
Ferris - comecei a escrever um
livro só para testar minha capacidade e também por curiosidade, e no final ele
foi editado, participou da Bienal e foi uns dos mais vendidos.
SMC - Como
você vê a literatura brasileira?
Rosangela
Ferris - Temos coisas riquíssimas e
de alto nível, mas no entanto a divulgação e o aceso a literatura ainda é muito
restrita.
SMC - Conte-nos, como foi a construção do seu livro
“Frágeis, mas nem tanto”?
Rosangela
Ferris - Durante a Faculdade
Teológica, fiquei admirada com as mulheres da Bíblia e seus desempenhos diante
das adversidades. Daí comecei a construir as personagem na primeira pessoa. Era
como se a cada personagem eu criasse uma mulher diferente em mim.
SMC - Como
foi a escolha do Título para esta obra?
Rosangela
Ferris - Sempre houve um mito sobre
a fragilidade das mulheres, e eu quis provar o contrário.
SMC - A quem
você indica a leitura?
Rosangela
Ferris - Ao público em geral, as
mulheres para que reconheçam sua força, e aos homens, para que enxerguem o
tesouro que são cada mulher guerreira.
SMC -
Rosângela, onde podemos comprar o seu livro?
SMC - Quais
os seus principais objetivos como escritora? Soube que tens novos livros a
caminho.
Rosangela
Ferris - Na verdade eu me envolvi
mais com poesia, mas tenho 3 livros prontos, e um deles o "NÓS DA
POESIA" deve ser editado ainda no mês de maio, junto a outros poetas de
renome.
SMC - De
forma geral qual a mensagem que você quer transmitir ao leitor através de seus
textos literários?
Rosangela
Ferris - Que o escritor, poeta e
artista plástico, e que possuem aquilo que chamo de Alma aflorada, com a
sensibilidade a flor da pele, com a capacidade de tocar emoções diversas, devem perseverar e ser persistentes. Este é um
fator fundamental pelo reconhecimento .
SMC - Quais
os seus principais hobbies?
Rosangela
Ferris - ler, adoro bons livros.
Sou uma ativista em prol da literatura e sua divulgação. Meus desejo é que cada
escritor realize seu sonho de ver seu livro publicado.
SMC - Quais
as melhorias que você citaria para o mercado literário no Brasil?
Rosangela
Ferris - Maior divulgação,
reconhecimento de um poeta em exercício de sua paixão pela poesia. E que a
literatura fosse incentivada e obrigatória.
SMC - Pois
bem, estamos chegando ao fim da entrevista, agradecemos sua participação no
projeto Divulga Escritor, muito bom conhecer melhor a Escritora Rosangela
Ferris, que mensagem você deixa para nossos leitores?
Rosangela
Ferris - Que a poesia seja sempre
um baluarte na vida daqueles que nasceram com este dom. E que todos os poetas
sejam um incentivo as novas gerações...sempre!
Participe do projeto Divulga Escritor

Nasci perto do mar, rodeada de
verde dos pinheiros e do fumo das fábricas
Cresci com alguma tristeza
pelo facto de ser filha de pais separados.
No entanto tive uma infância
feliz com uma mãe que me adorava.
Vive as mais encantadoras
experiências que uma criança pode viver.
Era a "rapariga" mais
"rapazola" que havia na aldeia. Todas as outras estavam proibidas de
me acompanhar. O meu grupo eram os rapazes, com eles, fazia as coisas mais
incriveis, mas fantásticas. Jogos de berlinde, botão, futebol, "festivais
da canção", ir aos pardais, aos quintais dos vizinhos, corridas pedestres
e de bicicleta, enfim!
Cedo descobri o amor pelas
palavras, letras de mãos dadas!
Destacava-me nas aulas de
português e a intenção de escrever a
história de mim era um projeto apenas adiado.
Mais cedo que o desejável
engrossei o mundo dos que trabalhavam, realizando tarefas que não estavam no
meu horizonte.
Licenciei-me em educação
Fisica e Desporto. Fui professora. Casei e tive dois filhos.
Aposentei-me antecipadamente
por várias razões entre as quais, ter mais tempo para escrever.
AMO a VIDA e VIVO O AMOR acima
de tudo!!
“A minha mensagem vai no sentido
de que não desistam perante as dificuldades.
Vivam a vida e escrevam sobre
ela, façam-no com emoção, sentimento e prazer.
Aproveito
a oportunidade para deixar o meu obrigada a todos quantos me lêem e se
manifestam com palavras de elogio e carinho.”
Boa
Leitura!
SMC
- Escritora/poeta Fernanda Lopes é um prazer contarmos coma sua participação no
projecto Divulga Escritor. Conte-nos o que a motivou a ter gosto pela poesia?
Fernanda
Lopes - Antes de
responder à sua questão, permita que lhe diga que é com imenso prazer que me
vejo na revista Divulga Escritor e desde já o meu grande agradecimento pela
oportunidade que me foi dada para dar voz ao que escrevo, expressão do que sou
e principalmente de chegar a outros horizontes onde existem almas para quem a
escrita é também uma paixão. Os meus parabéns a todos quantos a conceberam,
concretizaram, nela trabalham e fazem chegar até nós.
Quanto à sua
questão, a minha viragem na escrita de poesia, dá-se a partir do momento em que
comecei a ouvir e a deparar-me com uma linguagem que naturalmente se articulava
com mais beleza em poema. Por outro lado, tive a oportunidade de há muitos anos
atrás ler a Invenção do Amor do Daniel Filipe que me marcou de um modo
apaixonante.
SMC
- Você escreve em outros segmentos que não seja poesia?
Fernanda
Lopes - Bem,
curiosamente até há dois anos atrás nunca tinha pensado escrever poesia. Apesar
de desde miúda essa forma de expressão me sensibilizar, era na prosa que me
destacava. Era frequente ouvirem-se manifestar a intenção de escrever uma
autobiografia o que aliás não está posta de parte, apenas adiada. Mas tem sido
na poesia e prosa poética que me tenho envolvido fundamentalmente. Confesso que
não sei bem porquê. Talvez pela fluidez com que as palavras saem de dentro de
mim e se relacionam num caminho de harmonia poética.
SMC
- Fernanda, que temas você aborda em seus textos literários?
Fernanda
Lopes - Eu falo
de tudo o que sinto, o que sou. Dos sonhos, da vida, do amor, da paixão, dos
afectos. Escrevo sobre o que me faz amar a vida e desejar prolonga-la até ao
infinito. O mar, a lua cheia, o nascer e o pôr do sol, a emoção de um abraço.
As lágrimas partilhadas, o sabor da liberdade, a conquista de direitos iguais,
de sociedades justas onde o HOMEM seja tratado com dignidade e respeito.
SMC
- Quais as melhorias que você citaria para a educação infantil literária?
Fernanda
Lopes - Eu
costumo dizer que a formação do homem começa no “berço”. Este berço envolve
duas responsabilidades distintas, a família e o poder político. Mas é
fundamentalmente às instituições governamentais que cabe legislar e criar os
mecanismos – programas, formação de professores, equipamentos e materiais
necessários que permitam desenvolver estratégias que criem nas crianças o gosto
pela escrita e o prazer da leitura, a par de uma sensibilização aos pais, como elementos
intervenientes indisponíveis na formação dos seus filhos. A par destes
pressupostos há que garantir a acessibilidade dos livros e publicações do ponto
de vista monetário.
SMC
- Qual a mensagem que você quer transmitir aos leitores, através de seus textos
literários?
Fernanda
Lopes - Como lhe
referi na terceira questão, tudo o que escrevo anda à volta da minha pessoa. Os
meus sonhos, a vida que procuro viver com uma vontade desmedida, incondicional,
o amor, a paixão, as palavras. Não pretendo dizer às pessoas que sejam como eu
obviamente, quem é que eu sou…! Mas que sonhem, que não desistem, que procurem
ver e sentir a vida com o que ela tem de fascinante. A beleza do mar, a emoção
do nascer e pôr do sol, o prazer de caminhar na areia da praia fugindo das
ondas, brincando. Não se deixem vencer pelos dias menos bons. Acreditar que o
amor existe e querer amar “perdidamente”… É legitimo. Enfim!
SMC
- Quais os escritores que são as suas referências literárias? Porque eles se
tornaram uma referência para você?
Fernanda
Lopes - Na minha
adolescência devorava livros. Lia tudo. A biblioteca itinerante passava uma vez
por semana, deixava a quantidade de livros possível. Camilo, Júlio Dinis, Eça,
John Steiback, a Guerra e Paz Tolstoi, Romeu e Julieta de Shakespeare, entre
outros são os autores dos grandes romances que me cativaram. Mais tarde,
Fernando Pessoa, Mário de Sá Carneiro, Alvaro de Campos. E ainda mais tarde,
Florbela Espanca, Daniel Filipe, Sophia de Mello Breyner, Eugénio de Andrade. O
romance e a poesia destes e de outros marcaram-me profundamente e
conquistaram-me com a mesma paixão com que hoje escrevo e me descubro.
SMC
- Quais os seus principais hobbies, além de escrever?
Fernanda
Lopes - Neste
tempo presente, passo muitas horas a escrever e a partilhar. Privilegio a
companhia dos amigos, estar presente em eventos onde se fale de poesia. A dança
tem também um lugar de destaque na minha vida, sem esquecer a actividade física
e contacto com a natureza.
SMC
- Que dificuldade você encontra para a publicação de livros?
Fernanda
Lopes - Em
Portugal não existe uma política para a cultura. No Orçamento Geral do Estado
as verbas destinadas à cultura, não são investimento em “massa humana”, são
despesas, logo, donde facilmente concluímos que somos um pais com
características de subdesenvolvimento onde a arte em diferentes aspectos não é
reconhecida e por consequência ignorada. As editoras confrontam-se com falta de
apoios e os escritores sofrem as dificuldades inerentes dessa lacuna.
SMC
- O que você acredita que deva ser feito para amenizar estas dificuldades?
Fernanda
Lopes - Obviamente
que a implementação de politicas de apoio a estes sectores nomeadamente as que
se inserem no ministério da cultura e que são a chave fundamental para que
estas dificuldades sejam ultrapassadas.
SMC
- Pois bem, estamos chegando ao fim da entrevista, agradecemos sua participação
no projecto Divulga Escritor, muito bom conhecer melhor a Escritora Fernanda
Lopes, que mensagem você deixa para os nossos leitores?
Fernanda
Lopes - Foi um
enorme prazer participar no projecto Divulga Escritor. Destaco a pertinência
das questões que me foram colocadas e agradeço a oportunidade de fazer chegar
as minhas preocupações a todos quantos a lêem.
A minha mensagem
vai no sentido de que não desistam perante as dificuldades.
Vivam a vida e
escrevam sobre ela, façam-no com emoção, sentimento e prazer.
Aproveito a
oportunidade para deixar o meu obrigada a todos quantos me lêem e se manifestam
com palavras de elogio e carinho.
À jornalista Shirley
M. Cavalcante um abraço por esta iniciativa.
Fernanda Lopes
Participe do projeto Divulga Escritor

Nascido a 11 de Abril de 1968, em São Martinho
do Campo, concelho de Santo Tirso, Cidálio Ferreira de Castro fez um extenso
percurso intelectual de autodidata, sempre norteado pela curiosidade e pela
busca do conhecimento, através da leitura, da escrita e das artes (cinema,
teatro, tertúlias, workshops e campos de férias), superando pela sua vontade os
limites impostos pelas condições socioeconómicas de
então, que não lhe permitiram ingressar no curso superior de Jornalismo.
Técnico
administrativo desde 1989, tem desenvolvido, paralelamente, um longo trajeto no
movimento associativo, recreativo e comunitário, com um registo vasto de
participação na vida de associações, quer como elemento ativo, quer como membro
dos órgãos sociais, designadamente: grupo de jovens, grupo coral, rancho
folclórico, associação de pais, escola de música, secretário da Assembleia
Geral da “AS – Associação de Solidariedade”, membro do Conselho Geral duma
escola secundária, entre outras. Exerceu, ainda, funções de subdirector, director
e corrector num jornal regional durante oito anos. De destacar, também, algumas
atividades de cariz político, com ocupação de alguns cargos em órgãos
autárquicos.
Publicou em Março
de 2013 o seu primeiro livro "Sintagma de mim... Fragmentos de nós" –
já na segunda edição - e reúne, ainda, um conjunto extenso de editoriais,
artigos de opinião e crónicas, que versam sobre temáticas diversificadas.
“No fundo, todo o leitor, de uma forma ou de outra,
revê-se, sempre, em algum texto, numa palavra, num verso que extrai duma obra
que lê, tendo a oportunidade de se auto-catapultar para os seus próprios
universos empíricos e racionais.”
Boa Leitura!
SMC - Escritor Cidálio é um prazer contarmos com a
sua participação no projeto Divulga Escritor. Conte-nos o que o motivou a ter gosto pela escrita?
Cidálio Castro - A motivação maior advém
da descoberta, ao longo dos tempos, da riqueza da língua portuguesa, da sua
diversidade morfológica e semântica, tornando a escrita uma atividade criativa,
volátil (no bom sentido do termo) e capaz de transmitir, de forma plena, os
conteúdos e as abordagens que brotam do ato de escrever, sempre numa toada
produtiva e fecunda.
SMC - Você
sempre gostou de escrever poesias?
Cidálio Castro - Desde os primeiros anos
de escola que fui nutrindo o gosto pela escrita e pela leitura. O gosto pela
poesia, pela cumplicidade com as palavras, os jogos envolventes que elas
provocam foi surgindo paulatinamente. O percurso escolar foi sempre muito
direcionado para a língua e literatura portuguesas, a filosofia e outras
ciências sociais, o que me foi acrescentando alguma bagagem ao gosto
intrínseco, genuíno e precoce pela escrita.
SMC - Em que momento se sentiu preparado para
publicar o seu livro “Sintagma de mim... Fragmentos de nós”?
Cidálio Castro - Fui reunindo, ao longo
dos últimos dois anos, um conjunto de textos que tinha guardados e, muito a
pretexto da insistência da minha mulher e das minhas filhas que me diziam que
eu deveria pensar na ideia de escrever um livro, impus-me a mim próprio esse
objetivo e, a partir daí, a inspiração foi surgindo quase que redobrada, tendo
sido muito rápida a passagem à fase final deste processo. Conclui o livro,
enviei-o à editora “Mosaico de Palavras” que, prontamente, me deu a sua anuência,
o que me deixou muito satisfeito e realizado.
SMC - Como
foi a escolha do Título?
Cidálio Castro - Na altura, as notícias sobre a crise na Grécia e
os confrontos na Praça Sintagma, em sintonia com o termo sintagma gramatical,
estruturante da língua portuguesa, foram o mote para a escolha do título.
Depois, toda a cultura grega, o berço da civilização, da cultura, das letras,
das artes, foram preponderantes para juntar a esse núcleo, conjunto edificante,
solidez (Sintagma) o resto do título – “de mim” e, por consequência, os
“fragmentos de nós” como fator da universalidade que a poesia provoca. No
fundo, todo o leitor, de uma forma ou de outra, revê-se, sempre, em algum
texto, numa palavra, num verso que extrai duma obra que lê, tendo a
oportunidade de se auto-catapultar para os seus próprios universos empíricos e
racionais.
SMC - Que
temas você aborda nesta obra?
Cidálio Castro - As contrariedades e as alegrias da vida, as
estupefacções, as vivências do quotidiano, as incursões pela noite – afã de
inspiração – a densidade do humano e a intangibilidade do Divino, a intervenção
pública, a fé, os afetos, as intranquilidades, os desatinos… no fundo, tudo
aquilo que interpela, alegra, entristece e impulsiona a humanidade.
SMC - Você
costuma escrever em outro segmento, além da poesia?
Cidálio Castro - Sim. Neste momento, em
paralelo com o meu segundo livro de poesia, que ainda está muito no seu exórdio,
vou iniciar um projeto muito interessante, uma narrativa dramática e,
simultaneamente, estonteante sob o ponto de vista humano, acerca do trajeto que
começa numa sentença clínica de morte, de angústia, de tratamentos vários, de
experiências de luta, coragem e audácia até… ao sucesso, após um transplante
duplo bi-pulmonar e renal, único em todo o mundo. Um tratado de solidez, de
auto-superação e de confluência com o seu “eu” e a pujança do querer e da
vontade. Mas… não poderei, ainda, adiantar muito mais. É um trabalho que
envolve, junto do próprio personagem, um aturado manancial de pesquisa, recolha
testemunhal de vária ordem e outros ingredientes. Creio, todavia, que será uma
obra intensa e com uma grande dose de pedagogia humana, tentando mostrar a
importância das terapêuticas e, essencialmente, o papel da vontade e do querer…
da sobreposição do acreditar face ao fatalismo cru dos pressupostos das
ciência.
SMC - Onde
podemos comprar o seu livro?
Cidálio Castro - “Sintagma de Mim… Fragmentos de Nós” – 2ª. Edição Aumentada, está à venda na Fnac de
Santa Catarina, Porto, na Editora “Mosaico de Palavras” ou a mim, diretamente.
Poderão fazê-lo para o email: cidaliocastro@gmail.com.
SMC - Quais
os seus principais objetivos como escritor? Pensas em publicar um novo livro?
Cidálio Castro - Estou muito empenhado em
trilhar este caminho pela escrita, lançar os meus livros e poder, de alguma
forma, contribuir para o aumento da oferta literária em Portugal e, quem sabe, além-fronteiras.
Quanto a novas publicações, espero que, já no próximo ano, isso seja uma
realidade, na sequência daquilo que foquei anteriormente. Escrever é
indissociável da minha condição, do meu caminho.
SMC - Quais
os principais hobbies do escritor Cidálio de Castro?
Cidálio
Castro - A leitura, o cinema e a música são gostos que tento, sempre que posso,
cultivar.
SMC - Quais
as melhorias que você citaria para o mercado literário em Portugal?
Cidálio Castro - Maior divulgação, maior
apoio por parte de quem tem responsabilidades culturais ao mais alto nível e,
sobretudo, um maior e mais proficiente intercâmbio entre as editoras, para que
uma obra que é publicada no norte do país possa entrar em plataformas que a
façam chegar a outros mercados mais longínquos, mesmo em termos nacionais.
SMC - Pois bem, estamos chegando ao fim da
entrevista, agradecemos sua participação no projeto Divulga Escritor, muito bom
conhecer melhor o Escritor Cidálio de Castro, que mensagem você deixa para
nossos leitores?
Cidálio Castro - Agradeço, desde já, a
oportunidade de poder partilhar convosco e com os leitores um pouco dos meus
objetivos como escritor, o meu percurso, as motivações que persigo, e a
mensagem que me apraz deixar é que leiam… leiam muito. Ocupem o vosso espírito
e deixem-se envolver na senda da criatividade. Só assim crescerão como pessoas,
humana e culturalmente falando.
Para mais
informações, poderão consultar a minha página oficial do Facebook. Poderão
retirar, daí, a foto e a capa do livro, embora também siga em anexo.
Participe do projeto Divulga Escritor

José
Arménio Lopes da Nave, natural da Guarda, Portugal, licenciado em Ciências
Sociais e Políticas.
Viúvo
com três filhos e sete netos, dos quais cinco são raparigas. Frequentei o Liceu
da Guarda e, tive a felicidade em ter magníficos professores de Português.
Devido
aos curricula, muito cedo comecei a ler os autores clássicos portugueses, para
além daqueles que a biblioteca liceal dispunha.
Recordo
que o primeiro livro que li, aos 11 anos, (para além de, anteriormente, os
infantis) foi de Júlio Verne: Um Herói de 15 anos.
A
biblioteca municipal era também uma preciosa fonte de leitura.
Profissionalmente,
exerci a minha atividade no Departamento Central de Planeamento, tendo tido a
meu cargo os sectores da Segurança Social, Educação e Saúde. Neste caso, exerci
funções de direcção na Região Autónoma dos Açores e Administração Regional de
Saúde de Lisboa.
“Desde muito cedo, a apreciava em casa, dita por um tio que coabitava em
casa de meus pais e muito me influenciou. De tal modo que alguns poemas, ainda
retenho na memória.”
Boa Leitura!
SMC - Poeta José Lopes da Nave é um
prazer contarmos com a sua participação no projeto Divulga Escritor, conte-nos
o que o motivou a ter gosto pela escrita?
Nave - Antes de mais, quero agradecer a oportunidade que o projeto me oferece
e louvar a Shirley pelo empenho com que abraça e manifesta na difusão de
autores.
O
meu gosto pela escrita (diga-se foi a contragosto), pois logo aos treze anos, o
professor de português exigia aos alunos a redacção do Diário. Tal
circunstância, para fugir à descrição das rotinas quotidianas, obrigava a
atenta observação dos ambientes e a muita imaginação. De facto, este embrião
ficou marcado em mim.
Este
gosto pela leitura foi crescendo, acompanhando o tempo.
Na
juventude, tentei os primeiros poemas, dos quais a grande maioria se perdeu.
Todavia,
as exigências da atividade profissional obrigaram a pôr de parte o prazer por
este tipo de escrita, até há cerca de alguns anos.
SMC - Que temas aborda em seus textos
literários?
Nave - O ler as cartas de Vincent Van Gogh e do o irmão Theo, lembrei-me
de registrar também a correspondência com minha mulher (que ela
guardou), desde o tempo em que nos conhecemos, noivado e ausências, quando me
deslocava em serviço, a que intitulei O Amor em Carta.
Posteriormente,
a fim de deixar testemunho aos filhos e netos, redigi um segundo texto O Nosso
Tempo, descrevendo a nossa vivência, ao longo dos anos, nomeadamente a
profissional.
Tenho
em mãos um terceiro texto, A Saudade do Presente, motivado pela leitura do
livro de Carlos Ruíz Zafon, Marina, que refere “a recordação desses momentos
acompanha-nos para sempre e transforma-se num país da memória”.
Presentemente,
o facto de ser membro de alguns Grupos do Facebook, reconduziu-me à poesia,
conjuntura que havia interrompido desde a juventude.
SMC - Que a poesia representa para
você?
Nave - Antes de mais, o deleite em a ler, discuti-la ao tempo, entre amigos e
em ouvi-la dizer.
Desde
muito cedo, a apreciava em casa, dita por um tio que coabitava em casa de meus
pais e muito me influenciou. De tal modo que alguns poemas, ainda retenho na
memória.
Simultaneamente,
vejo a poesia como expressão de sentires reais ou imaginários, sempre a
reflectir estados de alma.
Considero-a
uma libertação de anseios.
SMC - Qual a mensagem que você quer
transmitir ao leitor através do seu texto?
Nave - Seria estultícia da minha parte querer transmitir uma mensagem, perante
a plêiade de escritores consagrados e já publicados no Divulga. Sinto apenas a
gratificação da escrita e a alegria que me traz. Paralelamente, é um desafio a
que me proponho, tentando progressivamente melhorar.
E,
publicar em livro, é na verdade um anseio. O futuro o dirá. Esperemos?
SMC - Pensas publicar um livro?
Nave - Como referi, tenho dois livros de edição circunscrita, todavia não
tenho excluída essa hipótese, relativamente ao terceiro texto que referi.
SMC - Quais os seus principais hobbies?
Nave - Reconheço que ultimamente, tenho permanecido demasiado tempo em casa.
Daí que a dedicação a Grupos do Facebook de que sou Administrador e me
preenche, praticamente, o tempo. Todavia não dispenso a música, quer seja dita
ligeira ou clássica, bem como a leitura.
Os
convívios familiares e de amigos, sempre constituíram um prazer, além de
referir o cinema, o bom cinema.
Cozinhar,
revelou-se uma surpresa! Eu que não conseguia estrelar um ovo, resolvi comprar
um livro de receitas experimentar. E, saía-me bem.
SMC - Que escritores são a sua
preferência literária? Por que eles se tornaram uma referência para você?
Nave - Difícil responder a esta questão. A preferência foi evoluindo ao longo
do tempo e, quase todos deixaram marcas. Por exemplo, li Servidão Humana de
Somerset Maugham e O Homem que Ri de Victor Hugo, muito jovem e deixaram-me
confundido.
Sem
ignorar os clássicos portugueses e estrangeiros, O Sentido da Alma de Thomas
Moore, Aldous Huxley, Milan Kundera, Mircea Eliade, Roger Graudy são autores
que vou relendo, porquanto sinto certa afinidade com o conteúdo dos textos.
No
domínio da poesia, o mesmo sucede com Florbela Espanca, Fernando Pessoa e
Antero de Quental, entre mais.
SMC - De que forma você divulga o seu
trabalho literário?
Nave - Diria que foi um mero acaso. Aderi ao Facebook, em meados de 2012 e
comecei a publicar no meu perfil. Quase de imediato, convidaram-me para um
Grupo, onde continuei a divulgar alguns poemas, todavia apenas durante um curto
espaço de tempo.
Mais
tarde, em Outubro (?) de 2012, fui igualmente convidado para o Grupo Jardim de
Poesia e seguidamente para o Solar de Poetas e Sorrisos Nossos, nos quais fui
designado como Administrador, ao mesmo tempo em que procurava aperfeiçoar,
progressivamente, a escrita. Tem sido uma aprendizagem.
SMC - Como vê o mercado literário em
Portugal?
Nave - Ponderando o rendimento das famílias, a partir do século actual, o
custo dos livros é relativa e consideravelmente muito mais elevado. Assiste-se,
diria, ao fenómeno da venda em pacote, promovida por alguns grupos, com um
comportamento agressivo.
SMC - Pois bem, estamos chegando
ao fim da entrevista, agradecemos sua participação no projecto Divulga
Escritor, muito bom conhecer o Escritor/Poeta José Lopes da Nave, que mensagem
você deixa para os nossos leitores?
Que poderei dizer?
Nave - Aos autores consagrados que se lêem nos diversos Grupos, desejo que
continuem a publicar, pois torna-se num deleite a sua leitura e uma fonte de
aprendizagem, constante.
A
todos que sintam gosto pela escrita, simplesmente não desistam e, assumam essa
decisão quase como uma aventura. Os resultados far-se-ão sentir.
Participe do projeto Divulga Escritor

Solteiro, nasci a 1 de Fevereiro de 1967, numa pequena aldeia do interior
Alentejano, Arcos, cidade de Estremoz, Portugal.
Participei em diversos concursos a nível cultural, em programas na
televisão do meu país, bem como por várias vezes em Jogos Florais, tendo obtido
um primiero lugar na modalidade de Conto em 2006, assim como alguns prémios ,
mais concretamente electrodomésticos e algum dinheiro nas modalidades de
poesia.
Sou detentor ainda, de inúmeras menções honrosas, inclusíve no Brasil.
“Principalmente
acerca dos valores da sociedade, para que sintam mais amor pelo mundo, para que
sejam mais amigo do próximo, essecialemnte isto, baseado na máxima “pratique o
bem”.”
Boa Leitura!
SMC - Escritor
Renato é um prazer contarmos com a sua participação no projeto Divulga
Escritor, conte-nos como começou seu gosto pela poesia? Temos algum motivo
especial que marcou este momento?
Renato Valadeiro - Meu gosto pela escrira poética
começou desde cedo, quando eu ainda frequentava ainda os estudos primários, por
volta dos seis, sete anos.. Depois fui aperfeiçoando e me dedico mais
profundamente desde 2006 até à presente data. Não existe motivo especial para a
dedicação à poesia, apenas escrevo o que me vem na alma e porque adoro o que
faço.
SMC - Que temas você aborda em seus textos literários?
Renato Valadeiro - Não abordo tema em concreto, pois varia consosante
o estado de alma no momento em que me sento e comçeço a dedilhar as palavras. se
estou triste, escrevo sobre a saudade, sobre alguém que já partiu. Se estou
mais alegre, então aí escrevo sobre a natureza, o fado, o mar, o por do sol.
Tudo é muito incógnito, dependendo da “ânsia” daquele instante.
SMC - Qual a mensagem que desejas transmitir para os leitores através de
seus escritos?
Renato Valadeiro - Principalmente acerca dos valores da sociedade,
para que sintam mais amor pelo mundo, para que sejam mais amigo do próximo,
essecialemnte isto, baseado na máxima “pratique o bem”.
SMC - Como foi a construção do seu livro de poesias “Novos Tempos...
Outros Sonhos”?
Renato Valadeiro - Foi um sonho que já vinha arrastando-se faz algum
tempo. Então em 2006, e depois de ter tido uma boa fase de inspiração, decidir
avançar com o projecto da publicação. Como obtive alguns apoios finaceiros,
tornou-se mais fácil. Aí levei os textos em word para a tipografia, e pedi para
fazerem uma revisão dos mesmos. Depois foi a inscrição do Depósito Legal e
finalmente concretizou-se o projecto, sendo uma edição própria do autor.
SMC - Renato, conte-nos o que o motivou a dar este Titulo a obra?
Renato Valadeiro - Foi muito simples decidir pela opção deste título. Como é pouco
habitual, nevar na minha região( O Alentejo), nesse ano isso aconteceu e então
dái a parte “Novos Tempos”. Depois, como foi um sonho que ia realizar,, o da
piblicação do livro, daí a outra vertente”Novos Sonhos”., o que achei um título
bastante sugestivo.
SMC - Onde podemos comprar o seu livro?
Renato Valadeiro - O livro já não se encontra à venda. Embora restem
ainda comigo alguns exemplares,a edição, esgotou praticamente, porque foi uma
edição própria, não passando por editoras onde a sua distribuição foi mais a nível pessoal
nessa altura, onde colegas de trabalho e amigos adquiriram o livro a um custo
de 10 €.
SMC - Pensas em publicar um novo livro?
Renato Valadeiro - Gostaria muito de o fazer, dependendo de apoios finaceiros. Se a vida não
levar voltas, dentro de no máximo mais um ano, avançarei com essa publicação.
SMC - Quais seus principais hobbies?
Renato Valadeiro - Para além da escrita, gosto imenso de ouvir música
acima de outras coisas. Depois, gosto de passear na companhia de amigos,
assistir a um bom filme na TV e participar em concursos .
SMC - Quais as melhorias que você citaria para o mercado literário em
Portugal?
Renato Valadeiro – Uma vez que a cultura está numa fase decrescente
devido à crise que o país atravessa neste momento, relembraria ao Estado para
apoiar mais as iniciativas que vão surgindo, bem como as Cãmaras Municipais,
sentirem maior regozijo pelos autores que fazem parte da área dos seus
cidadãos.
SMC - Pois bem, estamos chegando ao fim da entrevista, agradecemos sua
participação, muito bom conhecer melhor o Escritor Renato Valadeiro, que
mensagem você deixa para nossos leitores?
Renato Valadeiro - Que poderão apreciar os meus poemas na minha
página pessoal do facebook:
procurando em autores por : o poeta
alentejano e que disfrutem de uma boa leitura, pois verão que vale a pena.
Participe do projeto Divulga Escritor

Joaquim Ferreira Barbosa, nasceu
numa pequena aldeia do concelho de Penafiel. Tem dois filhos e dois netos, que
são a sua maior paixão. Na sua juventude praticou muito desporto:- futebol
federado e popular, voleibol e atletismo. Fez teatro como actor amador e dançou
no rancho folclórico da freguesia. Teve uma actividade sindical e social
intensa ao longo de muitos anos. Impulsionador do sindicalismo policial,
participou na grande manifestação de 21-04-1989, que deu origem ao famoso banho
de polícias a polícias, mundialmente conhecido pelos “SECOS e MOLHADOS”.
Foi durante muitas anos Delegado e Dirigente Sindical “Tesoureiro” da ASPP/PSP.
Sócio fundador da A.P.D.G., onde exerceu vários cargos de direcção.
Escreve poesia desde os 16 anos e
foi ao passar à Pré-Aposentação que com tempo de sobra dos seus afazeres
profissionais, basculhou o fundo do baú e reiniciou a sua escrita. Tem escritos
poemas que habitualmente publica em diversos grupos do Facebook. Participou nas
colectâneas de poesia Despertar dos Sentidos e Souespoeta II, nas Antologias
volumes I do grupo Voar na Poesia e do Grupo Solar de Poetas e no II Sarau de
poesia intitulado Mar-à-Tona do grupo Poetas Poveiros e Amigos da Póvoa e ainda
nos caderninhos de poesia do grupo Abrigo Poético. Alguns dos seus poemas têm
sido declamados nas rádios Theyoung FM, Cova da Beira, Mimos de Amigos e
Francisco Silva.
“...comprem livros, seja de
que tipo for, leiam para enriquecimento de conhecimentos e poderem dar asas a
quem sonha poder escrevê-los.”
Boa Leitura!
SMC - Escritor Joaquim Barbosa é um prazer tê-lo
conosco no projeto Divulga Escritor, você começou a escrever poesia aos 16
anos, depois participou de várias atividades incluindo atividades sindicais e
militares. Conte-nos de que forma você vem conciliando as atividades
profissionais das atividades literárias?
Joaquim Barbosa -
É com prazer que participo no projecto Divulga Escritor. Iniciei-me na poesia
por volta dos meus dezesseis anos, escrevia em verso especialmente para as
namoradas e amigas.
Verdade
que mais de metade da minha vida, na minha vida profissional exerci a
actividade como Agente da Polícia de Segurança Pública. Trabalho difícil e nem
sempre compreendido pelas populações. Estive na génese do sindicalismo
policial, numa altura em que era muito difícil exercer a profissão, com um
terrível afastamento dos elementos das diferentes categorias profissionais.
Cargas horárias de difícil conciliação familiar e um sem número de direitos básicos,
pelos quais os sindicatos lutaram e conseguiram alguns depois. O povo português
conquistou a liberdade em 25 de Abril de 1974. Essa mesma liberdade apenas
chegou à PSP após a confrontação de polícias na Praça do Comércio em Lisboa no
dia 21 de Abril de 1989. No entanto, na altura, todo aquele que se identificava
como sindicalista era perseguido e punido. Permita-me dar dois exemplos de
coragem nesta luta:- Comissário Joaquim
Santinhos e o Chefe José Carreira,
infelizmente já falecidos. Ao longo da minha vida de Polícia exerci diversos
cargos de dirigente e delegado sindical, culminando com o cargo de Tesoureiro
do maior sindicato de polícias ASPP/PSP, nos últimos 11 anos de actividade.
Presentemente estou aposentado e com mais tempo para a
escrita e outros hobbies.
SMC - Qual a mensagem que você quer transmitir ao
leitor através de seus textos literários?
Joaquim Barbosa -
Gostava que a minha mensagem chegasse ao coração dos leitores, transformada
numa mensagem de paz e bem-estar para o mundo.
SMC - Escreves em outros gêneros literários que não
seja a poesia?
Joaquim Barbosa -
Escrevo de tudo um pouco. Escrevi um pequeno romance que tenho na gaveta,
particularmente gosto, mas está a hibernar. Escrevi a minha autobiografia
completa num Portfólio reflexivo com conhecimentos adquiridos para a
apresentação a júri para validação do 3.º Ciclo, através do projecto das Novas
Oportunidades. Ultimamente dedico-me mais a escrever poesia, escrevo sobretudo
em verso, já abordei a prosa, mas não gostei, embora de vez em quando escreva
um poema em prosa.
SMC - Você já participou de várias coletâneas,
pensas em publicar um livro solo?
Joaquim Barbosa -
Verdade. Participei como co-autor em algumas Antologias e Colectâneas de
poesia, o que me deu um enorme prazer. Quanto ao livro, Já tive um grande
entusiasmo para tal, tive um livro montado, que emperrou na revisão dos textos
e me levou a concluir que editá-lo naquela
altura podia ter sido um erro. Mais tarde e com outro livro completo para
edição acabei por não chegar a acordo com a editora. Ainda não desisti de
editar um livro só meu. Tenho poemas interessantes e suficientes para mais que
um livro, tem-me faltado a coragem para o dar à estampa, quem sabe um dia
destes não o farei!
SMC - Quais os seus principais objetivos como
escritor?
Joaquim Barbosa -
Quero ressalvar o meu respeito pelos escritores poetas ou não e desde logo
dizer que não me considero como tal. Serei quanto muito um escrevinhador, um
baralhador de palavras, um eterno aprendiz de poeta. Não tenho grandes
objectivos no que escrevo. Escrevo essencialmente para mim e considero
importante que eu goste. O que escrevo publico em vários grupos do Facebook. Há
alguns anos que o faço no Hi5 e na Netlog.
Bem depois de publicar o critério de apreciação cabe a cada um que lê.
SMC - Joaquim, quais os seus principais hobbies?
Joaquim Barbosa - Gosto
muito de ouvir música, clássica e romântica, ver um bom filme de preferência de
acção, suspense ou policial, jardinar e tratar da minha quintinha, onde cultivo
produtos essenciais à alimentação, ler e escrever, andar de bicicleta e brincar
com os meus netos, estes a minha maior paixão.
SMC - Como você vê as atividades literárias em
Portugal?
Joaquim
Barbosa - Vejo esta tranche de
mercado duma forma muito pessimista. As novas tecnologias substituíram os
hábitos de leitura. Longe vão os tempos em que havia um livro à mesa de
cabeceira e noutros lugares caricatos. Isto faz-me recordar as respostas que um
grande actor Brasileiro de seu nome:- António Fagundes, deu ao seu neto numa
pseudo conversa, quando lhe perguntou quantos anos tinha, tendo rematado:-
Tenho apenas 58 anos. É bem real tudo quanto nela se transcreve revela na
perfeição a evolução verificada em tão pouco tempo. Hoje, mais do que nunca,
tudo gira à volta do dinheiro. As editoras visam o lucro. As grandes livrarias
faliram ou estão a passar por grandes dificuldades financeiras. Há muitas
pessoas a escrever e querer publicar e muitas editoras para tal. Talvez
demasiado de ambas as coisas. Quem se consegue impor no mercado, consegue
vender o seu produto, os outros estão condenados ao fracasso. Não é fácil para
ninguém que vem do nada, que se está a iniciar na escrita, impor-se no mundo
literário. Acho que isso está reservado aos escritores de nome consagrado e
aqueles que conseguem impor-se através do seu nome conquistado como figura
pública, na vida desportiva, política ou dos meios de comunicação.
SMC - Conte-nos sobre sua experiência com o teatro,
que lições você tirou do palco para a vida?
Joaquim Barbosa - Fiz teatro
como actor amador poucos anos, mas entendo que no teatro tal como na vida o
palco é duma permanente aprendizagem. Quem não se actualiza, fica irremediavelmente
para trás.
SMC - Quais as melhorias que você citaria para o mercado
literário em Portugal?
Joaquim
Barbosa - Ora aqui está uma questão
muito complexa. Como acima disse, as editoras visam o lucro, querem editar,
produzir livros e mais livros e conseguem-no, através de quem se quer dar a
conhecer, as livrarias cobram as suas percentagens nas vendas, nada ou quase nada
sobra para os autores, que no fim apenas têm prejuízos, escrevem apenas por
paixão. Os livros são colocados à venda a preços quase proibitivos para muitos
bolsos. Em minha opinião os livros deviam ser mais baratos e as editoras deviam
dar um maior acompanhamento após o lançamento dos livros, através da
publicidade e colocação nas bancas das livrarias ou hipermercados, locais onde
nos dias de hoje se vendem bastantes livros.
SMC - Pois bem, estamos chegando ao fim da
entrevista, agradecemos sua participação no projeto Divulga Escritor, muito bom
conhecer melhor o Escritor Joaquim Barbosa, que mensagem você deixa para nossos
leitores?
Joaquim
Barbosa - Eu é que agradeço a
oportunidade que me deram de me dar a conhecer e poder expressar a minha opinião.
“UM LIVRO É UM EXCELENTE COMPANHEIRO”,
bem feitas as contas, um livro acaba por não sair caro pelo quanto nos
enriquece, pelo que deixo a seguinte mensagem:- comprem livros, seja de que
tipo for, leiam para enriquecimento de conhecimentos e poderem dar asas a quem
sonha poder escrevê-los.
Participe do projeto Divulga Escritor

Lúcia Ribeiro nasceu na Póvoa de
Varzim, corria o ano de 1951. Licenciou-se
em Línguas e Literaturas Modernas, Variante de Estudos Portugueses e
Franceses, e, obteve ainda, o Diplôme Supérieur d’Études Françaises Modernes,
de l’Alliance Française e o Diplôme Supérieur d’Études Françaises
(D.S.E.F.) de l’ Institut Français e
duas Especializações, uma em Orientação Educativa e outra em Administração
Escolar.
Tem trabalhos publicados em alguns
jornais e revistas escolares e, ainda, em diversos sítios da Internet. Publicou
no Recanto das Letras três E. livros: “Un morceau de moi”, em 2007; Olhares
Escritos sobre o amor”, em 2012 e “Erótica Mente” em 2013, este último a ser publicado
em livro brevemente.
Publicou o seu 1º livro de poesia “SENSUALidade 1” em
2006; em 2007, participou da “Antológica Primazia” da All Print Editora, de
S.Paulo; em 2008, participou da “Antologia dei Premi, Poesia, Prosa e Arti
Figurative” da Accademia Internazionale Il Convívio, de Castiglione de Sicilia,
Itália; em 2009, participou do livro “Talentos” da EDITORA MM de Campinas, S.
Paulo; em 2012, participou da 1ª Antologia da Editora UniVersus, Lisboa e
editou o seu livro “BorboLetras na Editora Modocromia, Lisboa; participou na
Coletânea “PALAVRAS DE CRISTAL I volume em 2013, Editora Modocromia, Lisboa e
no Sarau “MAR-à-TONA em poesia” do grupo de POETAS POVEIROS E AMIGOS DA PÓVOA.
“Gostaria de
convidar os leitores que nunca me leram, a tentarem fazê-lo, e, se não
gostarem, a pedir-lhes, encarecidamente, que não desistam; leiam outros autores
que os há, e, bons. Se se sentem tentados a escrever, escrevam. Percam o receio
de fazer transbordar de vós os desabafos da alma. Assim se começa!”
Boa Leitura!
SMC - Escritora
Lúcia Ribeiro é um prazer tê-la conosco no projeto Divulga Escritor. Conte-nos
em que momento você se sentiu preparada para publicar o seu livro “BorboLetras”?
Lúcia Ribeiro - O prazer é todo meu.
Agradeço a oportunidade que me foi dada, pelo Divulga Escritor para dar a
conhecer um pouco de mim e do meu trabalho poético.
Agora,
respondendo à sua questão, devo dizer-lhe que quando publiquei este livro, já me sentia
minimamente preparada, tendo em conta que me estreei nestas andanças em maio de 2006, com o lançamento do poemário “SENSUALidade 1”, edição de autor,
com uma tiragem de 500 exemplares, felizmente, esgotada.
SMC - Como
foi a escolha do Titulo?
Lúcia Ribeiro - Um dia, vagueando pela
Net, encontrei a imagem que compõe a capa do livro, um trabalho do fotógrafo
César Torres pelo qual fiquei siderada. Daí a pedir os direitos ao autor, levou
muito pouco tempo. Ora como a capa já existia, havia que criar um título que se
articulasse com o tipo de poemas (curtos e leves) e a delicadeza das
borboletas. Enfim, o título deve-se ao facto de este livro ser composto por
tercetos ou poetrix ( poemetos), que se lêem num ápice, levando-nos a um
delicado esvoaçar de olhos, tal borboleta poisando em pequenos grupos de flores
(letras) . De forma rápida e suave, o leitor vai borboleteando emoções … E,
assim nasce este “BorboLetras”.
SMC - Que
temas você aborda nesta obra?
Lúcia Ribeiro - Nesta obra, tal como em
praticamente tudo o que escrevo, o tema é invariavelmente o amor, desenhado, embora,
com subtileza, aspergido de sensualidade e/ou erotismo q.b. Mas para uma melhor
compreensão do estilo por mim adotado, passo a citar o prefaciador da obra, o
meu amigo e professor galego Antonio Gil Hernandez que afirma a um dado tempo:
“ Considero que Lucibei ( nome pelo qual é também conhecida Lúcia Ribeiro)
trata o eu lírico com estranha delicadeza, amplidão e profundidade, e, não
obstante, com uma espontaneidade que induz a leitora e o leitor a assumir um
papel ativo, como se precisasse pôr-se no lugar da poetisa e não apenas de
fora, como simples assistentes …”
SMC -Onde
podemos comprar o seu livro?
Lúcia
Ribeiro - O livro pode ser adquirido diretamente à autora através do email: lucibei2@hotmail.com., ou à
editora: http://editoramodocromia.blogspot.pt , na WOOK, na Bertrand, na livraria Dargil e
no Sítio do Livro.
SMC - De
forma geral qual a mensagem que você quer transmitir ao leitor através de seus
textos literários?
Lúcia Ribeiro - Foi sempre minha
preocupação tentar demonstrar que a poesia é uma arte nobre, que não necessita
de lançar mão de uma linguagem rebuscada para ter qualidade. Como docente, tenho lutado para que os meus
alunos aprendam a gostar de poesia; ora isso só acontecerá quando conseguirem perceber o que estão lendo e
se sentirem motivados para ler e
criar poesia. Só assim ganharão gosto
por este género de literatura e partirão
à procura de composições poéticas mais elaboradas.
SMC - Quais
os seus principais objetivos como escritora? Pensas em publicar um novo livro?
Lúcia Ribeiro - Estou neste momento a
preparar o meu 3º livro, que se intitula “Erótica Mente” ao qual falta, apenas,
a ilustração que está em fase de acabamento. Posto isto será publicado. Mas não
penso ficar por aqui, quero produzir mais, melhorando a qualidade; aguardo, por
isso, ansiosamente, que a minha atividade profissional me permita dedicar por
inteiro ao exercício da escrita,
SMC - Quais
os principais hobbies da escritora Lúcia Ribeiro?
Lúcia
Ribeiro - Adoro a leitura, as tertúlias poéticas, a fotografia (mal grado a falta
de jeito), a dança, enfim, quase todo o tipo de atividades que aliem o relaxe ao prazer.
SMC - Como
você vê a Literatura portuguesa?
Lúcia Ribeiro - A literatura portuguesa está bem e
recomenda-se. Temos os clássicos que nunca perdem de moda, os contemporâneos
bem cotados no mercado e um manancial de novos autores desde prosadores a
poetas de grande qualidade. Portugal é,
sem dúvida, e cada vez mais, um alfobre de escritores.
SMC - Quais
as melhorias que você citaria para o mercado literário em Portugal?
Lúcia Ribeiro - Aproveito esta questão,
não, para falar de autores conceituados, mas para lembrar que, hoje em dia, há um grande número
de novos autores, alguns de grande qualidade que não vislumbram sequer a
hipótese de editar os seus trabalhos, pois o panorama editorial não atravessa a
melhor das fases e a maioria dos autores não tem possibilidades econômicas para
fazer uma edição de autor. Vai restando
a possibilidade de participação em antologias, para alguns, “a luz ao fundo do
túnel”. Acho que devia apostar-se mais nestes novos autores… o panorama literário português precisa urgentemente de novos mecenas.
SMC - Pois bem, estamos chegando ao fim da
entrevista, agradecemos sua participação no projeto Divulga Escritor, muito bom
conhecer melhor a Escritora Lúcia Ribeiro, que mensagem você deixa para os nossos
leitores?
Lúcia Ribeiro - Gostaria de convidar os
leitores que nunca me leram, a tentarem fazê-lo, e, se não gostarem, a pedir-lhes,
encarecidamente, que não desistam; leiam outros autores que os há, e, bons. Se
se sentem tentados a escrever, escrevam. Percam o receio de fazer transbordar
de vós os desabafos da alma. Assim se começa!
Participe do projeto Divulga Escritor

Jornalista
Shirley M. Cavalcante (SMC)
entrevista escritor Alfredo Costa Pereira
Agradecendo a gentileza da V. entrevista, passo a
apresentar um resumo da minha biografia.
Alfredo Costa Pereira
M.Sc. Engenheiro Mecânico (U.P.)
Membro sénior da Ordem
dos Engenheiros
Cédula profissional da
Ordem dos Engenheiros Nº 10199
Perito do ONDR
(Observatório Nacional das Doenças Respiratórias)
Pós Graduado pelo von
Karman Institute for Fluid Dynamics – (Bruxelas)
Investigador reconhecido
pela FCT – Fundação para a Ciência e Tecnologia)
Membro do Colégio Português
da A.S.H.R.A.E. (Portugal Chapter) desde 31 de Maio de 2005
Outorga do título de
“Especialista em Engenharia de Climatização”, pela Ordem dos Engenheiros
Professor Coordenador no
Departamento de Engenharia Mecânica do Instituto Superior de Engenharia do
Porto
Fundador e Consultor Geral
da empresa de projetos e consultadoria, A. Costa Pereira/Gestão de Energia
Térmica Lda.
Fundador e consultor da
empresa de certificação energética de edifícios e projetos de engenharia “Raul
Bessa Audicerta Lda.”
Membro
efetivo da A. S. H. R. A. E. (American Society of Heating, Refrigerating and
Air Conditioning Engineers, Inc ) nº 2036552
Formador de Peritos
Qualificados do Serviço Nacional de Certificação Energética e Qualidade do Ar
Interior em Edifícios, em QAI.
Vice-Presidente do Centro
de Investigação e desenvolvimento em engenharia mecânica do Instituto Superior de Engenh. do Porto
Membro da Associação
Portuguesa de Poetas
Piloto instrutor nº 15 de
aviões ultra-leves.
Boa Leitura!
SMC - Escritor Alfredo Costa é
um prazer contarmos com a sua participação no projeto Divulga Escritor,
conte-nos o que o motivou a ter gosto pela poesia?
Alfredo - Foi
fundamentalmente o convívio com a minha família desde muito novo. O meu avô Materno,
Mário Santos, o meu Avô Paterno, Alfredo A. Da Costa Pereira, e a minha Mãe,
Maria da Graça Santos Costa Pereira tinham grande talento para a escrita, tanto
em prosa como em poesia. A minha Mãe deixou um grade espólio literário, que não
está publicado.
SMC - Que temas você
aborda em seus textos poéticos?
Alfredo - A
Natureza e o amor.
SMC - Como foi a escolha
do Titulo para o seu livro “Harmonia”?
Alfredo
- “Harmonia” é uma palavra que se funde bem co a Natureza e com o amor.
SMC - Você escreve em
outros gêneros literários além da poesia?
Alfredo - Sim,
tenho escrito romance e ensaio, embora não tenha publicado.
SMC - Escritor Alfredo,
onde podemos comprar o seu livro?
Alfredo - O
livro foi editado pela “CORPOS EDITORA”. Basta encomendá-lo pela Net.
SMC - Qual a mensagem
que você quer transmitir ao leitor através de seus textos literários?
Alfredo
- A vida tem que ser vivida com harmonia, onde o amor e o contacto com a
Natureza têm um papel fundamental.
SMC - Quais os seus
principais objetivos como escritor? Pensas em publicar um novo livro?
Alfredo - Não
me considero escritor, mas sim Professor, Investigados e Engenheiro. Apenas
escrevo nas poucas horas vagas que vou dispondo para o efeito. Quanto a
publicar mais livros, presentemente tenho mais 12 em edição de Autor, estando a
terminar o 13º. Apenas os publicarei se encontrar uma Editora que o faça sem
quaisquer custos para mim.
SMC - Quais os seus
principais hobbies?
Alfredo - Aviação
ultra-ligeira, passeios pela Natureza e gastronomia, além da leitura, claro.
SMC - Quais as melhorias
que você citaria para o mercado literário em Portugal?
Alfredo - Conseguir
editoras que consigam publicar novos autores (sem serem apenas os consagrados)
sem custos iniciais para os mesmos.
SMC - Pois bem, estamos
chegando ao fim da entrevista, agradecemos sua participação no projeto Divulga
Escritor, muito bom conhecer melhor o Escritor Alfredo Costa, que mensagem você
deixa para nossos leitores?
Alfredo - Ler é
uma experiência enriquecedora, que muito ajuda a pensar bem, e a compreender
“grandes-pequenos” acontecimentos pessoais ou universais, narrados por quem os
viveu.
Alfredo Costa Pereira
Participe do projeto Divulga Escritor

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