terça-feira, 10 de março de 2015

 2015 03 09
Pousou em mim
Como a mais bela ave
Deixou-me a vontade
Para eu falar de liberdade
Mesmo sob os grilhões
Da mais abjeta prisão
O horizonte desenhado
Pelo seu voo extraordinário
Lembrou-me de um tempo
Onde era muito raro
O sorriso não brilhar
As suas asas convidam
Solícitas e cordatas
Para ainda mais navegar
Ao encontro do mar
Que se perfaz em ondas
Prenhes de angústias
E robustas esperanças
E como garrafa atirada
Atiro-me com todo afinco
Na tarefa de decifrar
O voo mais magnífico
Que me leva leve
Pr’além mar.


Hudson Ribeiro